A mistura de álcool e drogas foi o que levou o traficante Antônio Bonfim Lopes, conhecido como "Nem", suspeito de ser o chefe do tráfico da Favela da Rocinha, a buscar atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha, na Zona Sul do Rio. A informação é do delegado da 15ª DP (Gávea), Carlos Augusto Nogueira Pinto.
"Há informações de que ele teria misturado drogas com álcool. Há outras informações, que pra nós não procedem, de que teria sido um tiro acidental, mas pra nós não é isso, realmente foi o álcool junto com a droga", afirmou o titular da 15ª DP. "Enfim, estamos investigando todas essas versões e tentando capturá-lo".
Ainda de acordo com as investigações, Nem foi embora da UPA com uma bolsa de soro no braço. "Ele procurou socorro. As circunstâncias que envolveram esse socorro é que devem ser investigadas. Ele foi com muitas pessoas pra lá, foi fortemente armado, permaneceu muito pouco tempo no local", disse Carlos Augusto Nogueira.
Moradores denunciam toque de recolher
O traficante teria sido visto por moradores participando de uma festa na comunidade que começou na noite de domingo (6) e durou até a manhã de segunda-feira (7). As informações são de que, durante o evento, Nem estava bastante nervoso. E segundo relato de moradores, Nem teria chegado à unidade acompanhado de traficantes armados de fuzis, que davam cobertura do lado de fora. O traficante estaria impondo o terror a quem vive na região.
Os moradores também afirmam que o traficante impôs o toque de recolher na comunidade há quatro dias. "A partir de quinta-feira à tarde, todo mundo tem que ficar recolhido, não sair de casa, as crianças têm que evitar de ir pra escola. Tem alguns medos, né, mas a gente não pode fazer nada, não tem pra onde ir. Parentes geralmente moram muito longe, as pessoas não têm dinheiro pra sair, pra se manter em outro lugar. A única solução é ficar dentro de casa e rezar", disse uma moradora que, por medo, não quis se identificar.
Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil
Nem teve a prisão decretada pela Justiça, mas continua foragido. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 5 mil de recompensa a quem tiver informações sobre o paradeiro do traficante. O anonimato é garantido. Desde às 9h30 de segunda-feira (7), foram 15 denúncias anônimas sobre a ida de Nem à UPA da Rocinha.
A informação que o traficante esteve na unidade na segunda-feira (7) foi confirmada nesta manhã pelo delegado da 15ª DP (Gávea), Carlos Augusto Nogueira Pinto.
A Secretaria municipal de Saúde disse que não tem informações do atendimento do traficante na unidade, mas garantiu que o funcionamento do local foi normal.
Operação para combater crimes
Na quinta-feira (3), agentes da Polícia Civil apreenderam 90 rojões de artilharia antiaérea durante uma operação para combater crimes na Favela da Rocinha. Segundo os investigadores, 12 pessoas foram detidas. Não houve confrontos ou drogas apreendidas. A polícia também estourou centrais de TV a cabo e internet clandestinas, além de uma clínica de aborto.
A Rocinha é uma das próximas favelas do Rio a ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, boa parte da droga que chega ao Rio de Janeiro vai para a Rocinha.
Outras ações na Rocinha
Nem é um dos criminosos mais procurados do estado do Rio e conseguiu escapar de vários cercos feitos pela polícia.
Em abril deste ano, numa operação que reuniu cerca de 200 policiais de diversas delegacias especializadas, foram apreendidas quase três toneladas de maconha, veículos, além de uma grande quantidade de produtos piratas. Onze pessoas foram presas, mas Nem conseguiu fugir.
Em fevereiro deste ano, a Justiça aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público contra policiais civis e militares, presos na Operação Guilhotina, da Polícia Federal. Segundo promotores, os policiais recebiam R$ 50 mil por mês para passar informações sobre operações policiais na Rocinha e ainda vendiam para traficantes da favela armas apreendidas com criminosos de facções rivais.
"Há informações de que ele teria misturado drogas com álcool. Há outras informações, que pra nós não procedem, de que teria sido um tiro acidental, mas pra nós não é isso, realmente foi o álcool junto com a droga", afirmou o titular da 15ª DP. "Enfim, estamos investigando todas essas versões e tentando capturá-lo".
Ainda de acordo com as investigações, Nem foi embora da UPA com uma bolsa de soro no braço. "Ele procurou socorro. As circunstâncias que envolveram esse socorro é que devem ser investigadas. Ele foi com muitas pessoas pra lá, foi fortemente armado, permaneceu muito pouco tempo no local", disse Carlos Augusto Nogueira.
Moradores denunciam toque de recolher
O traficante teria sido visto por moradores participando de uma festa na comunidade que começou na noite de domingo (6) e durou até a manhã de segunda-feira (7). As informações são de que, durante o evento, Nem estava bastante nervoso. E segundo relato de moradores, Nem teria chegado à unidade acompanhado de traficantes armados de fuzis, que davam cobertura do lado de fora. O traficante estaria impondo o terror a quem vive na região.
Os moradores também afirmam que o traficante impôs o toque de recolher na comunidade há quatro dias. "A partir de quinta-feira à tarde, todo mundo tem que ficar recolhido, não sair de casa, as crianças têm que evitar de ir pra escola. Tem alguns medos, né, mas a gente não pode fazer nada, não tem pra onde ir. Parentes geralmente moram muito longe, as pessoas não têm dinheiro pra sair, pra se manter em outro lugar. A única solução é ficar dentro de casa e rezar", disse uma moradora que, por medo, não quis se identificar.
Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 5 mil
Nem teve a prisão decretada pela Justiça, mas continua foragido. O Disque-Denúncia (2253-1177) oferece R$ 5 mil de recompensa a quem tiver informações sobre o paradeiro do traficante. O anonimato é garantido. Desde às 9h30 de segunda-feira (7), foram 15 denúncias anônimas sobre a ida de Nem à UPA da Rocinha.
A informação que o traficante esteve na unidade na segunda-feira (7) foi confirmada nesta manhã pelo delegado da 15ª DP (Gávea), Carlos Augusto Nogueira Pinto.
A Secretaria municipal de Saúde disse que não tem informações do atendimento do traficante na unidade, mas garantiu que o funcionamento do local foi normal.
Operação para combater crimes
Na quinta-feira (3), agentes da Polícia Civil apreenderam 90 rojões de artilharia antiaérea durante uma operação para combater crimes na Favela da Rocinha. Segundo os investigadores, 12 pessoas foram detidas. Não houve confrontos ou drogas apreendidas. A polícia também estourou centrais de TV a cabo e internet clandestinas, além de uma clínica de aborto.
A Rocinha é uma das próximas favelas do Rio a ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). De acordo com a polícia, boa parte da droga que chega ao Rio de Janeiro vai para a Rocinha.
Outras ações na Rocinha
Nem é um dos criminosos mais procurados do estado do Rio e conseguiu escapar de vários cercos feitos pela polícia.
Em abril deste ano, numa operação que reuniu cerca de 200 policiais de diversas delegacias especializadas, foram apreendidas quase três toneladas de maconha, veículos, além de uma grande quantidade de produtos piratas. Onze pessoas foram presas, mas Nem conseguiu fugir.
Em fevereiro deste ano, a Justiça aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público contra policiais civis e militares, presos na Operação Guilhotina, da Polícia Federal. Segundo promotores, os policiais recebiam R$ 50 mil por mês para passar informações sobre operações policiais na Rocinha e ainda vendiam para traficantes da favela armas apreendidas com criminosos de facções rivais.
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