quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CEG é multada em R$ 2,5 milhões por explosão de bueiro no Rio em 2010 (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) foi multada, nesta quarta-feira (30), em cerca de R$ 2,5 milhões pela explosão de um bueiro em 2010, que feriu dois turistas americanos em Copacabana, na Zona Sul do Rio.  A concessionária tem cinco dias para recorrer da decisão. As informações são da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa).

A CEG divulgou a seguinte nota sobre a multa: "Foi com surpresa que a CEG recebeu a informação da decisão da Agência, já que não há comprovação técnica da presença de gás natural na caixa de transformadores da empresa de energia elétrica. Ainda, a empresa não identificou qualquer vazamento em sua rede em área próxima ao local, após o acidente. Com base nisto, a empresa irá recorrer."

Em junho de 2010, um bueiro explodiu na esquina da Rua República do Peru com a Avenida Nossa Senhora Copacabana, ferindo o casal de turistas americanos que passava pelo local.

O processo regulatório foi julgado no início da tarde desta quarta, na 12ª Sessão Regulatória da Agência. A multa aplicada corresponde ao valor máximo previsto no contrato de concessão.

De acordo com a Agenersa, a CEG foi considera culpada porque após 24 horas e até 72 horas após o acidente foi detectada presença de gás em nível explosivo no local, segundo informação do laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Chefe do tráfico na Rocinha nos anos 90 é preso no Rio, diz polícia (Postado por Erick Oliveira)

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terá-feira (29), na Taquara, na Zona Oeste do Rio, um homem de 52 anos que é apontado como um dos fundadores da facção criminosa mais antiga do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o suspeito dominou o tráfico de drogas na Rocinha, na Zona Sul, até 1994. A comunidade, que há pouco mais de duas semanas era dominada pelo traficante Nem, foi recentemente pacificada pelas forças de segurança do estado.
Nem foi preso e levado no dia 19 de novembro para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande.
Ainda de acordo com polícia, o suspeito foi preso em casa depois que uma vizinha viu uma foto dele nos jornais e avisou à Delegacia de Repressão contra os Crimes de Saúde Pública (DRCCSP). Agentes fizeram o monitoramento do local e efetuaram a prisão. Contra o homem havia dois mandados, expedidos em 2010, por homicídio, formação de quadrilha e tráfico de drogas.
O suspeito foi levado para a delegacia de Saúde Pública, que fica na antiga sede da Polinter, na Gamboa, Zona Portuária da cidade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Rio: desarticulada quadrilha de falsos sequestros por telefone (Postado por Danuza Peixoto)


A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira cinco suspeitos de pertencer a uma quadrilha que extorquia e ameaçava pessoas por telefone. Segundo a corporação, o grupo atuava dentro de presídios na aplicação de trotes e exigia cerca de R$ 20 mil às vítimas. O crime era cometido em 22 cidades de dez Estados.
De acordo com o delegado-assistente da 13ª DP (Ipanema), Carlos Abreu, as investigações começaram há cerca de quatro meses em função de uma denúncia. Segundo ele, durante 15 dias os policiais acompanharam, por escutas telefônicas, 977 ligações, sendo que 500 telefonemas foram de vítimas do golpe. Além de exigir dinheiro, os suspeitos ameaçavam as vítimas de morte. "São as pessoas internas que ficam fazendo essas ligações a cobrar para as pessoas, extorquindo. Falam de uma forma bem ameaçadora, dizendo que vão dar tiro na espinha e a vítima, de forma atormentada, acaba cedendo aos depósitos", disse.
Abreu orientou que as vítimas do golpe procurarem a polícia caso recebam uma ligação suspeita, seja na situação de falso sequestro ou de um prêmio. "Antes de ceder a qualquer tipo de telefonema suspeito, (a vítima) não (deve) ceder e fazer qualquer depósito antes de procurar a polícia". Segundo o delegado, 20 pessoas foram indiciadas, sendo 15 denunciadas pelo Ministério Público. Ele disse ainda que foram feitos bloqueios de contas bancárias a partir de representação judicial e outros mandados podem ser expedidos ao longo da semana.
Motorista inventou nome de filha para descobrir se era golpe
Pai de uma filha adolescente, o motorista Rogério da Silva Alves, 42 anos, foi vítima recente do golpe ao receber uma ligação a cobrar. Segundo ele, havia uma voz feminina e outra masculina no fundo, com um tom ameaçador. Ao perceber que se tratava de um trote, usou um nome falso para despistar o suposto sequestrador.
"A primeira coisa que me veio à cabeça ao ouvir aquela voz de mulher me chamando, foi de inventar um nome fictício para essa mulher. Inventei e chamei de Maria e a pessoa confirmou. Eu simplesmente mandei ele procurar uma outra coisa para fazer, porque eu não tinha nenhuma filha com o nome de Maria".

sábado, 26 de novembro de 2011

Mulher de Nem é transferida para penitenciária na Zona Oeste do Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

A mulher do traficante Nem, presa em flagrante na noite da sexta-feira (25), deixou a 15ª DP (Gávea), na Zona Sul do Rio, por volta das 9h30 deste sábado (26).  Ela  passou por exames no Instituto Médico-Legal antes de ser levada para o conjunto de penitenciárias de Gericinó, na Zona Oeste, onde permanecerá presa.

A informação é da assessoria da Polícia Civil.

Danúbia Souza Rangel é acusada de associação ao tráfico de drogas, segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira titular da 15ª DP.

O delegado revelou que Danúbia, na sexta, optou em ficar silêncio e chorou em alguns momentos. Ele explicou que juntou aos autos de investigação relatórios, depoimentos, informações de moradores e fotos em sites de relacionamento, onde a mulher de Nem aparecia ostentando joias. A polícia quer saber a origem do dinheiro com que Danúbia vivia, já que a princípio, ela não tinha emprego.

“Ela preferiu se reservar e só falar em juízo. No meu entendimento, ela é associada ao tráfico de drogas. Ela recebe presentes do Nem, ela andava com carro fornecido pelo Nem. Ela participava do tráfico de drogas na Rocinha. Então, eu entendi por bem fazer o procedimento de flagrante em delito por associação ao tráfico”, explicou ele.

A mulher de Nem foi levada à delegacia por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) nesta sexta-feira (25). Ela foi encontrada em um salão de beleza na Rocinha, após denúncias anônimas. Segundo a polícia, o salão seria de propriedade da irmã de Danúbia, que também prestou depoimento nesta noite, mas foi liberada em seguida.

O advogado de Danúbia Souza Rangel deixou a delegacia na sexta-feira dizendo apenas que entraria com um pedido de habeas corpus. Segundo o plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), até as 22h30 de sexta, o pedido ainda não havia chegado.

Prisão de Nem
Nem foi preso em uma abordagem da Polícia Militar ao tentar fugir da Rocinha, na madrugada do dia 10 de novembro, dias antes da ocupação da comunidade.

Segundo o Bope, a mulher dele foi localizada após uma informação passada ao Disque Denúncia. Danúbia chegou acompanhada da irmã. As duas foram levadas em um carro do Bope. De acordo com a PM, não havia mandado de prisão contra elas. Na Rocinha, de acordo com os policiais, Danúbia é conhecida como "Xerifa".

A Rocinha foi ocupada, junto com as comunidades do Vidigal e Chácara do Céu, na madrugada do dia 13 de novembro.

Torturador preso
Na quinta (24), a Polícia Civil prendeu o torturador e executor dos crimes do traficante Nem, no Vidigal, favela vizinha à Rocinha. O delegado Pedro Medina, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), afirmou que o homem, conhecido por “99”, “é um dos traficantes mais leais a Nem, e já foi chefe do tráfico no Morro do Vidigal”.

Segundo Medina, “99” é “extremamente violento” e era o responsável por esquartejar corpos no Vidigal. “Vários traficantes o temiam. E era exatamente por ser violento que ele era tão querido por Nem, por ser o executor do que o Nem mandava”, explicou o delegado.

Também na quinta-feira (24), agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam um homem de 34 anos suspeito de tráfico de drogas e que seria foragido da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. De acordo com a policia, ele foi encontrado em sua residência em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

PMs do RJ cobravam até R$ 30 mil para liberar traficantes presos, diz PF (Postado por Erick Oliveira)

A Operação Martelo de Ferro, realizada na manhã desta sexta-feira (25) pela Polícia Federal, para combater o tráfico de drogas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, prendeu cinco pessoas - dois policiais militares, uma advogada e três traficantes da região – e revelou um esquema de propina cobrada por PMs para a liberação de traficantes presos que já chegou a R$ 30 mil.
Através de escutas telefônicas, descobriu-se que os PMs cobravam dos traficantes o chamado "arrego" - pagamento de propina - para os policiais não realizarem operações na comunidade e não coibirem o tráfico de drogas. Além disso, os policiais tinham uma tabela de cobrança para a liberação de presos. Os valores iam desde R$ 500 e já chegou a R$ 30 mil, de acordo subcordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Daniel Faria Braz.
"Variava de acordo com a importância no tráfico. Casos de elementos mais variados já chegou a R$ 30 mil", disse o promotor.
Dos 22 PMs procurados, dois foram presos nesta sexta e 18 já estavam presos, sendo que dois deles estavam envolvidos no assassinato da juíza Patrícia Acioli, morta em agosto. Um policial denunciado morreu durante as investigações, iniciadas em 2009, e um outro está foragido. Em relação aos traficantes, há 24 mandados de prisão, três deles ocorridos nesta sexta, 13 já realizados anteriormente e oito que ainda faltam cumprir. A advogada presa, de acordo com a PF, agia levando recados de líderes do tráfico presos para os traficantes da favela e ainda negociava os valores para a liberação dos presos.
De acordo com o delegado da PF e coordenador da operação, Victor Poubel, todos os PMs envolvidos são do 7º BPM (São Gonçalo). Eles irão responder por formação de quadrilha e corrupção. Já os traficantes, por formação de quadrilha e tráfico de drogas. "Essa operação se deu em razão do homicídio da juíza Patrícia Acioli, era uma ação que precisava e foi exitosa. A população local pode saber que foi uma atuação embrionária e que outras ali surgirão", afirmou Poubel.
A polícia também investiga denúncias de homicídios praticados por PMs que não conseguiam os valores exigidos na extorsão aos traficantes. Segundo a PF, alguns dos réus estão envolvidos em autos de resistência.
Complexo do SalgueiroPara o delegado da PF, após a ocupação do Conjunto de Favelas Alemão, na Zona Norte do Rio, o Complexo do Salgueiro virou um dos maiores entrepostos de drogas do Rio. “A UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) teve esse deslocamento de traficantes que eram do Alemão e foram para o Salgueiro, inclusive com forte armamento”, afirmou.
“São Gonçalo é uma área com pouca presença do estado, com uma população humilde, então o tráfico é livre por omissão desses maus policiais”, completou Poubel.
Segundo o Daniel Braz, do Gaeco, o nome da operação foi uma homenagem à Patrícia Acioli. “Um dos motivos do crime da juíza foi a ação dela contra essa atividade ilícita”, disse.
ele ressaltou ainda que a investigação teve início através da identificação de celulares de alguns traficantes do Complexo do Salgueiro. A partir daí, a polícia fez escutas telefônicas autorizadas pela Justiça e identificou outros traficantes da região. Nos telefonemas, traficantes presos por PMs do 7º BPM negociam sua liberdade com o grupo de policiais acusados de corrupção.
Ação
Três helicópteros, um da PF e dois da Polícia Civil, dão apoio à operação, que conta com a participação de mais de 400 agentes das polícias Civil e Militar e do Grupo de Atuação Especial Pde Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, incluindo 330 federais.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pai de João Roberto diz que ainda é difícil passar pelo local do crime (Postado por Lucas Pinheiro)

"Estou cansado de lavar as calçadas dessa cidade com as minhas lágrimas. De parar em sinais de trânsito e começar a chorar e ter que voltar para casa e a minha mulher me perguntar porque voltei", desabafou o taxista Paulo Roberto, pai do menino João Roberto Soares, morto a tiros por policiais dentro do carro onde estava com a mãe, na Tijuca, Zona Norte do Rio, em 2008.

Nesta quinta-feira (24), começou por volta das 13h, o julgamento de um dos ex-PMs acusado de matar o menino.

"É muito difícil pegar passageiros e passar pelo local onde aconteceu o crime. Aquilo me corta o coração. Eu fico olhando para ver se vejo o meu filho. É coisa de maluco, eu fico sem perna, meus olhos começam a tremer e eu tenho que parar para minha acalmar. Eu sei exatamente o que a minha mulher passou dentro daquele carro. Ela saiu coma  boca toda cheia de vidro de tanto gritar que tinha criança ali dentro", desabafou.

Ainda segundo o taxista, a possível punição dos policiais será uma resposta para sociedade.

"Onde esses caras estavam com a cabeça? Isso é loucura, a gente não pode legitimar esse tipo de atitude. Ter uma punição será uma sensação de dever cumprido. Eu acho que quem vai lucrar mais com isso é a sociedade, porque é a maneira de mostrar que não queremos isso. Não é matando as pessoas que se resolve alguma coisa. Muitos acham que bandido bom, é bandido morto. Eu não acho isso, porque foi por esse tipo de pensamento que eu perdi meu filho", contou o taxista.

Paulo Roberto também acrescentou que busca força na mulher para continuar segundo em frente.

"Eu perdio meu filho e numa entrevista falei que não podia ter escolhido uma mulher melhor. A minha mulher é maravilhosa, a minha força vem dela. É difícil continuar, mas eu busco forças em Deus e vou conseguir minha Justiça", concluiu o taxista Paulo Roberto.

Relembre o caso
João Roberto, na época com 3 anos, foi baleado dentro do carro da mãe, na noite do dia 6 de julho de 2008, na Rua General Espírito Santo Cardoso. A advogada Alessandra Amorim Soares voltava para casa com João e o irmão dele Vinícius, então com 9 meses, quando parou seu carro para dar passagem a uma patrulha da PM.

Os policiais disseram, na época, que teriam confundido o carro de Alessandra com o carro de criminosos que estavam perseguindo e atiraram.

Indenização
Em agosto, o Tribunal de Justiça condenou o estado do Rio de Janeiro a pagar indenização de R$ 900 mil por danos morais à família do menino João Roberto. Na época, apesar de caber recurso, o governo anunciou que não ía recorrer da decisão.

A ação tem como autores os pai do menino, o irmão e as avós. De acordo com a sentença, os pais de João Roberto receberão R$ 400 mil cada, o irmão R$ 25 mil, a avó paterna R$ 50 mil e a avó materna R$ 25 mil. A família também será ressarcida das despesas com o funeral e os pais do menino receberão pensão do Estado.

Ação dos policiais causou a morte do menino, diz juíza

"Inegável, na hipótese, que o filho, neto e irmão dos autores faleceu em razão da ação direta dos agentes públicos, policiais militares”, afirmou a juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, na sentença. Para ela, ficou comprovado que a ação dos policiais causou a morte de João Roberto.

A juíza lembrou ainda que as próprias autoridades do Estado, o governador e o secretário de Segurança Pública do Rio, admitiram a culpa dos PMs, chegando a pedir desculpas publicamente. “Evidente o dano moral suportado pelos autores diante da perda brusca e violenta do filho, irmão e neto”, destacou.

De acordo com a Polícia Militar, os policiais estavam numa ocorrência, participando de um cerco na Rua Uruguai. Houve uma sequência de roubos praticados por três ou quatro indivíduos que ocupavam um Fiat Stilo preto. Na fuga, os suspeitos se defrontaram com os PMs na Rua Uruguai.

Três dias após a morte do menino, o governador Sérgio Cabral declarou que os dois policiais militares envolvidos na morte da criança tinham sido expulsos da corporação.

Primeira sentença anulada
Segundo o TJ-RJ, os dois policiais militares acusados da morte de João Roberto respondem à ação penal no 2º Tribunal do Júri da Capital. Em 11 de dezembro de 2008, o primeiro a ser julgado, foi condenado a sete meses de detenção, em regime inicial aberto, pelo crime de lesão corporal leve praticado contra a mãe do menino, ferida por estilhaços do vidro do carro, e de seu outro filho Vinícius, que sofreu lesão no ouvido em decorrência do tiroteio.

Os jurados entenderam que o réu, que é primário e tem bons antecedentes, estava estritamente no cumprimento do seu dever legal. Ainda foi concedido ao PM a suspensão da pena pelo prazo de dois anos e durante um ano ele prestaria serviços à comunidade, sete horas por semana. O Ministério Público recorreu e, em 28 de julho de 2009, a 7ª Câmara Criminal, por maioria dos votos, anulou a sentença e determinou que o acusado fosse levado a novo julgamento pelo Tribunal do Júri, informou o TJ.

O outro denunciado recorreu da sentença de pronúncia. Com isso, o seu processo foi desmembrado.

Fraudes no INSS usavam dados de vítimas de acidentes aéreos, diz MPF (Postado por Erick Oliveira)

Os suspeitos investigados nas operações Miragem e Caixa Preta, desencadeadas nesta quinta-feira (24) no estado do Rio de Janeiro, se passavam como parentes de mortos em acidentes como o choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, a queda do avião da Air France e a colisão do boeing da TAM nas redondezas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Com os dados das vítimas desses desastres eles conseguiam receber, de forma irregular, pensões por morte. As informações são do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o MPF, os integrantes da quadrilha se aproveitavam do fato de muitas vítimas não terem deixado dependentes para efetuar as fraudes. Cerca de 160 policiais da Polícia Federal e técnicos da Previdência Social tentam cumprir 17 mandados de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão. Entre os suspeitos estão cinco servidores do INSS. Até o início da tarde desta quinta, 16 suspeitos foram presos.
As investigações começaram há um ano para apurar a ilegalidade no requerimento e no saque de benefícios previdenciários e assistenciais por despachantes e servidores autárquicos. Os envolvidos inseriam informações fictícias nos sistemas previdenciários e falsificavam documentos públicos para conseguir a concessão de benefícios da prestação continuada, pensões por morte e aposentadorias irregulares.
Prejuízo de R$ 3 milhões
Ainda de acordo com o MPF, a quadrilha também obtinha o adiamento dos vencimentos através de empréstimos consignados que seriam pagos com os benefícios fraudados. Segundo a Polícia Federal, inicialmente foram identificados cerca de 160 benefícios fraudulentos ou com indícios de irregularidade. A PF estima que o prejuízo aos cofres públicos chegue a R$ 3 milhões. Estimativas indicam que a quadrilha atuava desde 2007.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Disque-Denúncia recebe 18 ligações sobre morte de filho de coreógrafo (Postado por Lucas Pinheiro)

O Disque-Denúncia recebeu até as 11h desta quarta-feira (23) 18 ligações sobre o assassinato de Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu, filho do coreógrafo Carlinhos de Jesus. Ele foi morto no sábado (19), quando saía de um bar em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

Até o mesmo horário de terça-feira (22), a central tinha recebido 13 ligações. Todas as informações estão sendo  encaminhadas à Divisão de Homicídios (DH), responsável pelo caso.

Quem quiser fazer denúncias pode ligar para o 2253-1177. O anonimato é garantido.

Suspeita de vingança
Uma das linhas de investigação da polícia para esclarecer a morte de Dudu é de que o crime tenha sido cometido por vingança. Ele era vocalista da banda Samba Firme, e cerca de um mês antes do crime, integrantes do grupo teriam se envolvido numa briga com um policial militar em uma festa, na rua Rio da Prata, em Bangu, também na Zona Oeste. O PM já é tratado pela polícia como suspeito.

De acordo com a polícia, Dudu foi baleado por oito tiros, que teriam sido disparados por dois homens em uma motocicleta. Após o assassinato, os suspeitos fugiram. O músico, de 32 anos, ainda foi levado ao Hospital Albert Schweitzer, mas não resistiu.

Imagens
Os agentes também já começaram a analisar as imagens das câmeras de vigilância que ficam próximas à área em que Dudu foi morto, mas ainda não conseguiram identificar os assassinos.

“As equipes estão na rua buscando mais testemunhas e outras pessoas que possam oferecer mais informação,além de imagens que auxiliem essa investigação”, disse Ettore na segunda-feira (21). Mais cedo, Ettore já tinha afirmado ao G1 que execução era a principal linha de investigação da polícia para o assassinato do músico.

O corpo de Carlos Eduardo foi enterrado na manhã de domingo (20) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. Além de familiares, muitos amigos do músico levaram pandeiros e cantaram sambas famosos em sua homenagem. Durante a cerimônia, que reuniu cerca de 200 pessoas, Carlinhos de Jesus foi confortado por vários amigos e ficou abraçado ao neto Juan, filho de Carlos Eduardo.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Armas de policiais serão periciadas após morte de morador na Maré (Postado por Erick OLiveira)

A Polícia Civil do Rio investiga a morte de um morador durante a Operação Trovão que aconteceu nesta terça-feira (22) na Maré, no subúrbio do Rio. O caso foi encaminhado à Divisão de Homicídios. Segundo o delegado Deoclécio Francisco de Assis, da 37ª (Ilha do Governador), que estava à frente da operação, as armas dos policiais envolvidos na ação serão periciadas.
"Todas as providências serão tomadas. Os policiais que chegaram primeiro no local prestaram depoimento e as armas serão encaminhadas para a perícia". A perícia, no entanto, já descartou a hipótese do tiro ter sido disparado do helicóptero da polícia que dava apoio à operação. O delegado disse ainda que não houve troca de tiros entre policiais e traficantes no momento em que o morador foi atingido.
"O irmão da vítima foi o primeiro a nos acionar. Ele não viu nenhum policial civil próximo à vítima. Havia especulação lá por populares que, de repente, a vítima pudesse ter sido atingida por um tiro disparado pela aeronave, o que foi descartado pela perícia, uma vez que a vítima tinha sido atingida aparentemente por um tiro de pistola na altura do ombro. O tiro transfixou no braço e pegou no pulmão", disse o delegado.
A operação, que tinha como objetivo prender ntegrantes de uma quadrilha de sequestros-relâmpagos e roubo a veículos e residências, na região da Ilha do Governador, terminou com dois suspeitos presos e um menor detido nesta manhã. Os agentes foram ao local cumprir quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão nas favelas Parque União e Nova Holanda.
O irmão da vítima, Aloiso Bento Oliveira, esteve na delegacia prestando depoimento. "Eu moro nos fundos (da casa). Ouvi fogos. Minha prima disse que tinha um homem morto no beco. Aí falaram que era confusão. Quando saí para ver, era o meu irmão morto", contou.
Nove suspeitos já estavam detidos
Outros nove suspeitos de pertencer à mesma quadrilha já estão presos, sendo que quatro têm mais de cinco mandados de prisão, segundo a polícia.

A operação contou com helicópteros e veículos blindados. Cerca de 150 agentes, entre policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), da 21ª DP (Bonsucesso) e da 37ª DP (Ilha do Governador), participaram da ação.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ator suspeito de agredir esposa é transferido para presídio, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)



O ator Charles Paraventi (Foto: TV Globo / Márcio de Souza)
O ator Charles Paraventi, detido por suspeita de ter agredido a mulher, foi transferido na tarde desta segunda-feira (21) para o presídio Ary Franco em Água Santa, subúrbio do Rio.
As informações são da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Ele deixou a 5ª (Mem de Sá), onde estava  preso, na noite de domingo (20) e aguardou a transferência na Polinter do Grajaú, na Zona Norte.

Charles foi detido na noite de sexta-feira (18).  De acordo com a polícia, ele foi autuado com base na Lei Maria da Penha.

Desde o fim de semana, o G1 tenta entrar em contato com a assessoria do ator, mas até o momento não houve retorno.

Em dezembro de 2006, o ator foi detido por portar drogas. Na ocasião, segundo policiais, ele tinha uma pequena quantidade de maconha. Em abril do mesmo ano ele já havia sido detido após comprar três pacotinhos de maconha na região conhecida como Via Ápia, uma das principais vias de acesso à Rocinha, recentemente ocupada pela polícia.

Paraventi participou do seriado Malhação, da TV Globo, e atuou no filme “Cidade de Deus”.

domingo, 20 de novembro de 2011

Corpo de Dudu de Jesus é sepultado no Cemitério São João Batista (Do Google News)




Clique na expressaão seguinte:

Corpo de Dudu de Jesus é sepultado no Cemitério São João Batista

O Dia Online - 
Rio - O corpo de Carlos Eduardo Mendes de Jesus, o Dudu de Jesus, de 32 anos, foi sepultado na manhã deste domingo no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O músico e cantor, filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, ...

sábado, 19 de novembro de 2011

Filho de Carlinhos de Jesus é morto a tiros na Zona Oeste do Rio

O filho do dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus, Carlos Eduardo Mendes de Jesus, conhecido como Dudu, de 32 anos, foi morto a tiros por volta das 4h deste sábado (19) quando saía de um bar em Realengo, na Zona Oeste do Rio. As informações foram confirmadas pela Divisão de Homicídios do Rio.

“Já temos algumas linhas de investigação, mas prefiro não divulgar”, disse o delegado-adjunto da DH, Allan Duarte. O delegado informou ao G1, por volta das 11h20, que equipes estavam no local do crime em busca de imagens e testemunhas do crime. "Equipes estão no local, buscando testemunhas e possíveis câmeras de segurança que possam ter flagrado o momento do crime", disse Duarte.

De acordo com a polícia, o músico saía de bar na Avenida Marechal Fontenelle, quando foi atingido por disparos feitos por dois homens em uma motocicleta.

Os criminosos, ainda não identificados, fugiram do local em seguida. Dudu ainda foi levado ao Hospital Albert Schweitzer, também em Realengo, mas não resistiu.

Pelo Twitter, Carlinhos de Jesus lamentou a morte do filho e agradeceu as manifestações de solidariedade: "DOR! Insuportável perder que amamos! Perco meu filho brutalmente. Estou em Caxias do Sul tentando voltar o quanto antes", disse o coreógrafo no microblog.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vazamento de óleo no RJ pode ser 23 vezes maior que o divulgado (Postado por Danuza Peixoto)



O vazamento de petróleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pode ser 23 vezes maior que o divulgado, conforme estimativa do geólogo John Amos, da ONG SkyTruth. Com base nas imagens captadas pela Nasa, Amos percebeu um vazamento de 3.738 barris por dia entre 9 e 12 de novembro, o que totaliza pelo menos 15 mil barris. Diferente disso, a Chevron, empresa responsável pela exploração na região, disse terem vazado 650 barris ao longo dos dias. A informação é do jornal O Globo.

Para a Agência Nacional de Petróleo (ANP) há diferença entre a quantidade divulgada e a que de fato vazou, mas ela seria apenas cinco vezes maior. O presidente da ANP, Haroldo Lima, teria afirmado em conversar com parlamentares do Partido Verde (PV) que o derramamento de óleo atinge 3,3 mil barris desde o dia 7 de novembro.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Bope usa helicóptero e retira máquina de prensar drogas na Rocinha (Postado por Lucas Pinheiro)

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) localizaram um equipamento chamado de prensa hidráulica na Rocinha, favela na Zona Sul do Rio, ocupada pela polícia desde domingo (13). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a máquina serve para prensar até 60 toneladas de droga.

Por causa do peso da prensa, os policiais precisaram usar o helicóptero da corporação para retirar o equipamento da favela.

A máquina foi encontrada em uma casa na Rua 1 da comunidade. NInguém foi preso.

A apreensão será encaminhada para o 23º BPM (Leblon).

Balanço de apreensão
As polícias Civil, Militar e Federal apreenderam, desde o início da ocupação, 132 armas de fogo, entre elas 75 fuzis. Os bandidos escondiam tanto esse arsenal, que precisavam usar até rastreadores para reencontrar as armas. As polícias também prenderam um homem, morador da favela, suspeito de matar uma modelo, que desapareceu em maio na comunidade.

De acordo com a secretaria, nas buscas, as equipes da Polícia só conseguem ir de carro até certo ponto e, na maioria das vezes, as denúncias são de locais apertados, como vielas e becos. O arsenal está sendo descoberto aos poucos: em tonéis enterrados na mata, em mochilas, locais de difícil acesso. Segundo a Polícia, os bandidos planejavam voltar às comunidades e contavam com essas armas.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

É preciso 'recuperar o tempo perdido', diz Beltrame na Rocinha (Postado por Danuza Peixoto)




    Ocupação começou no fim de semana e foi pacífica, 'trunfo' da polícia, segundo Beltrame. Foto: Reinaldo Marques/Terra Ocupação começou no fim de semana e foi pacífica, 'trunfo' da polícia, segundo Beltrame
    Foto: Reinaldo Marques/Terra


      O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, fazia na manhã desta quarta-feira uma caminhada pela rua principal da favela da Rocinha, na zona sul da cidade. Acompanhado pelo comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), coronel René Alonso, o secretário subia pela estrada da Gávea. Beltrame era parado pelos moradores, que agradeciam pela pacificação, e afirmou que, agora, é preciso recuperar o tempo perdido.

       
      "A linguagem é uma só, a linguagem da presença da polícia. Fico feliz de ver a quantidade de obras se iniciando, espero que isso se perenize também. Tem que trabalhar, fazer mais coisas, recuperar um tempo perdido. E vamos em frente", afirmou o secretário.
      Ele falou sobre o fato de uma moradora ter comentado que não precisa mais dar a volta na favela e usou, nesta quarta-feira,o trajeto por dentro da Rocinha para sair na Gávea, também Zona Sul. "É assim que se constrói. São pequenas medidas, mas que se repitam no tempo e se crie uma cultura efetivamente diferente".
      O secretário voltou a destacar a importância das ações sociais em comunidades pacificadas. "O que vai fazer com que essas pessoas vivam melhor e sintam-se valorizadas são as ações sociais. O que a polícia está fazendo aqui é se manter para que isso aconteça", disse.
      A ocupação da favela da Rocinha começou no fim de semana e transcorreu sem maiores conflitos. Na manhã de domingo, Beltrame afirmou que o trunfo da polícia foi ter conseguido devolver o local à comunidade, depois de 30 anos na mão de criminosos, "sem derramar uma gota de sangue, sem dar um tiro". Para ele, o paradigma de violência que o Rio de Janeiro sempre viveu vem sendo quebrado com o trabalho conjunto dos governos estaduais, federais e municipais.
      Segundo a Secretaria de Segurança do Rio, até a tarde de terça-feira, as polícias Civil e Militar haviam apreendido 73 fuzis nas comunidades da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. No total, foram 129 armas de fogo - incluindo, além dos fuzis, carabinas, espingardas, lança-rojões, metralhadoras, pistolas, e submetralhadoras - encontradas desde a ocupação, que começou na madrugada de domingo.
      Os policiais apreenderam ainda 147 explosivos (de bombas caseiras a granadas), 23.072 balas e oito miras telescópicas para fuzil. Entre as drogas, foram encontrados 166 kg de cocaína, 60 de pasta base de cocaína, 127 kg de maconha, 135 pedras de crack, 38 comprimidos de ecstasy e material de refino e endolação.
      Nem e a tomada da Rocinha
      O chefe do tráfico da favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi preso pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar no início da madrugada de 10 de novembro. Um dos líderes mais importantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), ele estava escondido no porta-malas de um carro parado em uma blitz por estar com a suspensão baixa, em uma das saídas da maior favela da América Latina -, que havia sido cercada por policiais na noite do dia 8 de novembro.
      Desde o dia anterior, a polícia já investigava denúncias de um possível plano para retirar o traficante da Rocinha. Além de Nem, três homens estavam no carro. Um se identificou como cônsul do Congo, o outro como funcionário do cônsul, e um terceiro como advogado - a embaixada da República do Congo, entretanto, informou não ter consulados no Rio. Os PMs pediram para revistar o carro, mas o trio se negou, alegando imunidade diplomática. Os agentes decidiram, então, escoltar o veículo até a sede da Polícia Federal. No caminho, porém, os ocupantes pediram para parar o carro e ofereceram R$ 1 milhão para serem liberados. Neste momento, os PMs abriram o porta-malas e encontraram Nem, que se escondia com R$ 59,9 mil e 50,5 mil euros em dinheiro.
      Nem estava no comando do tráfico da Rocinha e do Vidigal, em São Conrado, junto de João Rafael da Silva, o Joca, desde outubro de 2005, quando substituiu o traficante Bem-te-vi, que foi morto. Com 35 anos, dez de crime e cinco como o chefe das bocas de fumo mais rentáveis da cidade, ele tinha nove mandados de prisão por tráfico de drogas, homicídio e lavagem de dinheiro. Nem possuía um arsenal de pelo menos 150 fuzis, adquiridos por meio da venda de maconha, cocaína e ecstasy, sendo a última a única droga consumida por ele. Com isso, movimentaria cerca de R$ 3 milhões por mês, graças à existência de refinarias de cocaína dentro da favela.
      O fim do domínio de Nem na Rocinha foi o último obstáculo à entrada das forças de segurança na favela para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na madrugada do dia 13 de novembro, agentes das polícias Civil, Militar e Federal, além de homens das Forças Armadas, iniciaram a ocupação do local escoltados por um forte aparato. No entanto, os traficantes já haviam deixado a comunidade, e a operação foi concluída sem qualquer confronto.
      Com informações do JB Online

      terça-feira, 15 de novembro de 2011

      Polícia encontra 29 fuzis no 3º dia de ocupação na Rocinha após denúncias (Postado por Erick Oliveira)

      Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) encontraram um total de 29 fuzis nesta terça-feira (15), feriado de Proclamação da República, terceiro dia de ocupação da Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, as armas foram localizadas graças a denúncias de moradores da comunidade. (Veja vídeo ao lado com algumas apreensões da polícia)
      No início da tarde, os agentes do Bope encontraram 19 fuzis e duas pistolas na Rua 2. Mais cedo, os policiais já tinham encontrado 10 fuzis de diversos calibres escondidos na laje de uma casa, dentro de um saco plástico, com óleo, na localidade conhecida como Roupa Suja.
      "Mais importante ainda que a população continue denunciando, passando informações, com detalhes. O morador tem que dar uma referência pra gente, cor de casa, número. Isso é o mais importante para que a gente consiga obter mais êxito", afirmou o capitão Nascimento, comandante da operação do Bope nesta manhã.
      Desde o dia 9 de novembro, o Disque-Denúncia já recebeu cerca de 600 ligações com informações sobre a Rocinha, 20 delas só nesta terça-feira (15). Há denúncias sobre traficantes, localização de drogas e armas, entre outras informações que estão sendo repassadas para o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública. O telefone é (21) 2253-1177 e anonimato é garantido.
      Neste feriado, o policiamento segue reforçado nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, que têm um dia calmo.
      Balanço oficial
      Na segunda-feira (14), policiais civis da 39ª DP (Pavuna) encontraram um arsenal escondido em uma cisterna cimentada, incluindo 14 granadas e quatro fuzis, na Favela da Rocinha. Segundo a assessoria da polícia, as armas estavam enterradas a 2,5 metros atrás de uma escola na comunidade. Mais cedo, policiais do Bope encontraram dois mísseis antitanques e duas bazucas na comunidade.
      De acordo com o balanço oficial divulgado na tarde desta terça-feira (15) pela Secretaria de Segurança Pública do Rio, a operação Choque de Paz já tinha apreendido 69 fuzis. Além disso, até a noite de segunda, foram apreendidas uma submetralhadora, duas espingardas, 32 pistolas, uma pistola desmontada, 53 granadas, 61 bombas artesanais, mais de 20 mil munições de diversos calibres e 338 carregadores diversos também foram encontrados, bem como 20 rojões e oito lunetas, com mira telescópica, três machados e um facão.
      Mais de 300 quilos de drogas também foram apreendidos: 120 quilos de maconha (papelotes, tabletes e trouxinhas), 60 quilos de pasta base de cocaína, 135 quilos de cocaína refinada, 135 pedras de crack e 38 comprimidos de ecstasy. Oito pessoas foram presas.
      Refinaria de drogas
      O G1 teve acesso a uma refinaria “blindada”, protegida por barricadas e sentinelas da facção que dominava a favela até a ocupação policial realizada no domingo (13). No local conhecido como Terreirão, no alto do morro, além do refino da droga, os traficantes faziam festas e deixavam os inimigos na mira do fuzil.  
      Força-tarefa de serviços públicosNa quarta-feira (16), a Rocinha terá uma "força-tarefa" de serviços públicos. Segundo o secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, 300 funcionários estarão na comunidade para implantar e melhorar serviços como iluminação, pavimentação e logradouro. A comunidade também vai ganhar terá plano inclinado com elevador.
      Na segunda-feira (14), dia seguinte da operação policial de ocupação da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, os moradores da comunidade já começaram a receber serviços como água e limpeza das ruas do local. Cerca de 50 técnicos da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) começaram a substituir as elevatórias da comunidade.

      segunda-feira, 14 de novembro de 2011

      Rocinha foi a última ocupação de 2011, diz Beltrame (Postado por Lucas Pinheiro)

      A ocupação da Rocinha, realizada no domingo (13), foi a última do ano de 2011, de acordo com o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. "Acredito que esse ano não teremos mais operações para ocupação como essa. Isso está dentro de um cronograma para a implantação em todo o Rio de Janeiro de cerca de 40 UPPs", afirmou o secretário ao G1. Na Rocinha, deve ser implantada a 19ª UPP.

      Beltrame afirmou ainda que, em 2012, a Zona Oeste também receberá atenção especial da secretaria de Segurança. "A Zona Oeste vai ser contemplada", garantiu o secretário, sem dar prazo para a chegada de UPPs na região marcada ultimamente por confrontos entre traficantes em favelas como Vila Kennedy, em Bangu, Antares e Rola, em Santa Cruz, e Vila Aliança, Rebu e Coreia, em Senador Camará.

      Desde o fim de outubro, as favelas de Vila Aliança, Rebu e Coreia têm sido alvo de constantes ações policiais para cessar os conflitos entre traficantes dessas comunidades, que segundo a PM, tentam invadir a comunidade de Vila Kennedy.

      No dia 6, durante uma operação policial em Antares, o cinegrafista da TV Bandeirantes Gelson Domingos, de 46 anos, foi morto. Ele foi baleado e chegou a ser socorrido por policiais do Batalhão de Choque (BPChoque), mas já chegou morto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Cruz.

      UPP da Rocinha
      Ainda de acordo com Beltrame, a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha terá cerca de 900 policiais. "Eles atenderão as três comunidades: Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu", afirmou o secretário, acrescentando que a data da implantação definitiva da UPP da Rocinha, no entanto, ainda será definida posteriormente.

      "Esse tempo quem vai nos dar são os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChoque), com a avaliação do terreno, a proximidade com os moradores", disse Beltrame, acrescentando que só após essa avaliação é que a UPP da Rocinha poderá ser instalada efetivamente.

      Ocupação da Rocinha
      A ação de ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebeu o nome de Operação Choque de Paz e reuniu 3 mil homens das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, 4 helicópteros da PM e 3 da Polícia Civil. O efetivo da Marinha foi o maior já utilizado em ações nas comunidades.

      domingo, 13 de novembro de 2011


      Favelas da Rocinha e Vidigal são ocupadas pelas forças de paz

      Nenhum tiro foi disparado, mas blindados tiveram que contornar armadilhas deixadas por traficantes


      GLOBO RIO

      ANTÔNIO WERNECK
      VERA ARAÚJO
      DUILO VICTOR
      Publicado:
      13/11/11 - 7h01
      Atualizado:
      13/11/11 - 7h45

      - As favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu foram ocupadas pelas forças de paz no início da manhã deste domingo. A operação começou por volta das 4h10m deste domingo, quando os veículos blindados da Marinha entraram nas comunidades. Segundo a secretaria de Segurança do Rio, cerca de três mil homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e policiais civis participaram da operação, com o apoio de quatro helicópteros da PM e três aeronaves da Polícia Civil. Policiais Federal também deram apoio durante a ação.

      Nenhum tiro foi disparado. Retroescavadeiras da Prefeitura foram ao local para retirar possíveis barricadas que pudessem prejudicar a entrada dos militares na comunidade, e um blindado do BPChoque teve que retornar ao pé do morro do Vidigal por causa da grande quantidade de óleo que foi derramada pelos traficantes na localidade conhecida como Largo do Santinho, na parte alta da favela. Apenas os blindados da Marinha conseguiram prosseguir.Por volta das 2h30m, um homem que seria foragido do presídio de Bangu 8 foi preso tentando sair da favela. De acordo com informações da Rádio CBN, ele estaria com amigos e disse que estava passando mal. Levado pelos policiais ao hospital de campanha dos bombeiros, ele foi detido.
      O morador Domingos Silva, há oito anos na Rocinha, teve que se atrasar em uma hora para ir ao trabalho para a esperar a ocupação da Favela da Rocinha. Segundo ele, o trabalho dele começa às 5h como porteiro de uma escola na Rua Faro, no Jardim Botânico:
      - Perguntei se eles queriam revistar a minha casa. Eles foram educados, olharam e ainda agradeceram a minha atitude. Deu tudo certo, que continue assim.
      Desde as 22h de sábado, toda a região deixou de ser comandada pelo 23º BPM e passou a ser controlada pela a corregedoria da Polícia Militar. A Rocinha, o Vidigal e a Chácara do Céu foram cercados desde o início da madrugada por policiais militares e civis. Às 2h30m, as principais vias de acesso às favelas foram interditadas, e o comércio, que costuma ficar aberto durante toda a madrugada, fechou.
      As principais ruas de São Conrado, na Zona Sul do Rio, foram fechadas a partir da madrugada para a ocupação. Efetivos da Guarda Municipal foram mobilizados para auxiliar no controle de trânsito na região da Rocinha e do Vidigal. As principais saídas da cidade também foram bloqueadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para impedir a eventual fuga de traficantes.

      sábado, 12 de novembro de 2011


      Reforço policial chega 




      à Rocinha e ruas 




      são fechadas



      Foram montados bloqueios em cinco vias da Zona Sul do Rio.
      Só veículos da Operação Choque de Paz vão poder circular pelo local.

      Reforço da polícia chega à Rocinha por volta das 2h40 (Foto: Rodrigo Vianna/G1)Reforço da polícia chega à Rocinha por volta das 2h40 (Foto: Rodrigo Vianna/G1)













      Os oito pontos de bloqueio vão ser na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, na junção com Avenida Niemeyer, no sentido Vidigal; na Rua Visconde de Albuquerque, no acesso à Avenida Niemeyer, no sentido Vidigal; na Avenida Padre Leonel Franca, sentido Barra da Tijuca, no acesso ao Planetário da Gávea; na Estrada das Canoas, com o fechamento do acesso vindo do Alto da Boa Vista; na Rua Marquês de São Vicente, na esquina com Rua Cedro; na Avenida Ministro Ivan Lins, no acesso ao Elevado do Joá; na Barrinha, no acesso à Estrada do Joá; na Autoestrada Lagoa-Barra, no primeiro retorno após o Mercado Zona Sul, sentido Leblon.
      A PM informou que nem mesmo moradores das ruas e avenidas interditadas para a operação Choque de Paz, que vai ocupar a Favela da Rocinha no domingo (13), vão poder passar pelos bloqueios, a partir de 2h30 deste domingo. A informação foi dada pelo coronel Frederico Caldas, relações-públicas da corporação. A operação vai ocupar a Favela da Rocinha para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
      A polícia tem como meta retomar o controle da área para implantar a 19ª UPP do Rio. A operação contará com apoio de blindados da Marinha e militares.
      Arte trânsito Rocinha (Foto: Arte/G1)

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