sábado, 29 de dezembro de 2012

Bebê morre após cair da varanda de prédio na Barra da Tijuca, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

Um bebê de um ano e quatro meses morreu, no fim da tarde desta sexta-feira (28), depois de cair da varanda do quarto andar de um hotel na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

De acordo com o 31º BPM (Recreio), o corpo da criança está no hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra).

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mulher morre ao ser atingida por bala perdida no bairro do Lins, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma mulher morreu vítima de bala perdida, na madrugada desta sexta-feira (28), no Lins de Vasconcelos, no Subúrbio do Rio de Janeiro. As informações são da Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso.

 O caso ocorreu na esquina das ruas Lins de Vasconcelos e Vilela Tavares, por volta das 3h. Segundo a DH, a mulher passava de táxi pelo local quando criminosos atacavam com tiros uma patrulha da Polícia Militar.

A vítima, identificada apenas como Aline, chegou a ser encaminhada para o Hospital Naval Marcílio Dias, a pouco mais de 300 metros de onde ocorreu o crime, mas morreu no local.

Na sexta-feira (21), uma jovem de 26 anos morreu após ser atingida por uma bala perdida dentro de um ônibus, no mesmo bairro. Testemunhas informaram que traficantes de drogas trocavam tiros no local, no momento em que Flávia da Costa Silva foi atingida.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Horas após apagão, passageiros reclamam de excesso de calor no Tom Jobim (Postado por Lucas Pinheiro)

RIO — Passageiros que aguardam para embarcar no Terminal 1 do Aeroporto Internacional Tom Jobim, setor A, na manhã desta quinta-feira, estão sofrendo com o calor. Uma mulher usou o leque para se abanar. Outra passageira que aguardava na fila do check-in estava com a blusa e o cabelo molhados de suor. Apesar do sufoco enfrentado pelos usuários e de relatos de funcionários de companhias aéreas sobre a falta de refrigeração, a Infraero afirmou, na manhã desta quinta-feira, que o ar-condicionado está funcionando normalmente em todo o aeroporto e que a temperatura estaria elevada na área interna devido ao forte calor que atinge a cidade.

Na noite desta quarta-feira, um problema em um transformador da subestação do aeroporto acabou tirando do sistema a linha da Light, provocando um apagão na Ilha do Governador. O terminal 1 do aeroporto ficou cerca de uma hora sem luz. A energia só voltou por volta das 22h40m. A Infraero informou que a falta de energia durou dez minutos e que aos poucos a luz voltou, quando o gerador de energia foi acionado.

Os passageiros que estavam voltando de viagem no feriadão de Natal levaram um susto com a falta de energia no aeroporto. Por volta das 22h30m, mais de cem pessoas aguardavam no check-in para embarcar em voos internacionais no terminal B. Muitos reclamavam da falta de informações e do calor, já que os aparelhos de ar-condicionado deixaram de funcionar.

Calor também no Santos Dumont

Na tarde de quarta-feira, os aparelhos de ar-condicionado do Aeroporto Santos Dumont apresentaram problema. A saída foi sacar leques da bolsa ou improvisar abanadores com pedaços de papel. Nas lojas do terminal de embarque, como a Dufry e a Sobral, ventiladores de chão amenizavam um pouco o calor. A Infraero, no entanto, informou que o gerador que mantém o equipamento de ar-condicionado ligado apresentou problema às 11h de quarta. Teria sido prontamente consertado, mas às 18h o calor no interior do aeroporto ainda era bastante intenso.

No último domingo, o superintendente do Aeroporto Santos Dumont, Aparecido Iberê de Oliveira, disse que o sistema de refrigeração do terminal havia sido normalizado. Passageiros e funcionários estavam sofrendo com o forte calor desde a meia-noite de quarta-feira, quando foi totalmente desligado. Na ocasião, Oliveira disse ainda que o problema foi provocado por uma peça do sistema que havia quebrado e foi substituída. Foi também alugado um equipamento de refrigeração extra, para garantir a climatização do espaço com mais eficiência durante o verão.

Segundo funcionários, que não quiseram se identificar temendo represálias, o problema se estende há pelo menos um mês. A atendente de uma agência de viagens do aeroporto afirmou que o calorão não melhorou em nenhum momento.



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Entrevista de Ricardo Lewandowski à Folha e apresenta o respectivo Vídeo no Painel do Paim


Do UOL Notícias, em Brasíliae
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministroídeodo Lewandowski, participou do programa "Poder e Política - Entrevista", conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação ocorreu em 13.dez.2011 no estúdio do Grupo Folha em Brasília. O projeto é uma parceria do UOL e da Folha.

Leia a transcrição da entrevista e assista ao vídeo:
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http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2011/12/14/leia-a-transcricao-da-entrevista-de-ricardo-lewandowski-a-folha-e-ao-uol.htm
>>Fotos da entrevista com Ricardo Lewandowski.

Ricardo Lewandowski – 13/12/2011

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Taxista arranca com o carro para não dar troco e fere turista colombiana (Postado por Lucas Pinheiro)

RIO - A turista colombiana Catalina Roncances, de 28 anos, que pegou um táxi na tarde de quarta-feira no Aeroporto Santos Dumont junto com os pais e a irmã, em direção ao hotel em que ficaria hospedada na Glória, foi ferida por um taxista. A família embarcou no veículo na porta do aeroporto e discutiu com o motorista porque queria que a corrida fosse feita pelo taxímetro e não pela tabela. O taxista, depois de muita insistência, concordou, mas na hora em que a família desembarcava diante do hotel, se recusou a dar o troco de R$ 4. Quando Catalina reclamou e pediu seu dinheiro, o motorista arrancou com o táxi. A turista estava saltando e foi arrastada por alguns metros.

Catalina teve arranhões no peito, escoriações na mão, no rosto e na perna. O pai da jovem, Luiz Roncances, contou que correu atrás do taxista, que fugiu. A irmã de Catalina conseguiu anotar a placa do veículo. A família visita o Rio pela primeira vez e diz que agora nunca mais voltará. Todos registraram queixa na Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon.

A maioria dos usuários de táxi não sabe que tem o direito de escolher pagar pelo taxímetro quando embarca no Santos Dumont — o uso da tabela é opcional. Há também a opção de embarcar nos táxis que, mesmo não sendo da cooperativa que atua no aeroporto, estão autorizados a pegar passageiros no desembarque. A medida está valendo desde a realização da Rio+20, em junho deste ano. Esses taxistas, no entanto, não podem circular na pista exclusiva junto ao terminal.

Prefeitura reduz valor de corridas de táxis do Santos Dumont

Na última quinta-feira, a prefeitura publicou no Diário Oficial do município a nova tabela de valores pré-fixados para corridas de táxis cadastrados que atuam no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. A maioria dos trajetos sofreu redução nos preços. O mais significativo foi o da corrida do aeroporto até Santa Teresa, que custava R$ 50 e passou para R$ 15. Dos 164 itinerários partindo do aeroporto, 84 sofreram uma redução na tabela superior a R$ 5. Nove trajetos aumentaram mais de R$ 5. O restante teve redução inferior a R$ 5 ou não sofreu alterações. As tabelas usadas na Rodoviária Novo Rio e no Aeroporto Internacional Tom Jobim também serão revisadas em breve, segundo a Secretaria municipal de Transportes.

A medida foi uma decisão do secretário Carlos Roberto Osório, que havia assumido o compromisso de rever a tabela de preços dos táxis convencionais (os “amarelinhos”) que fazem ponto no Santos Dumont um dia depois de assumir o cargo, em 31 de outubro. Osório disse, na época, que a Coordenadoria Geral de Concessões faria um estudo para verificar se houve algum tipo de distorção nos preços estipulados na lista. A decisão foi tomada depois que O GLOBO mostrou, em reportagem publicada no dia 30 daquele mês, que corridas cobradas pelas tarifas prefixadas podem sair até 45% mais caras para os passageiros que chegam pelo Aeroporto Santos Dumont.

A reportagem revelou que para Copacabana, por exemplo, a tabela estabelecia preço de R$ 29,50. Já pelo taxímetro, a mesma corria saía por R$ 20 em média (até o início do bairro). Segundo a Secretaria municipal de Transportes, que fixou os valores, o cálculo levou em conta a parte central de cada bairro. Assim, quem pega um táxi para a Avenida Princesa Isabel ou para o Posto 6 paga o mesmo valor. No caso de Copacabana, a rua usada como referência foi a Santa Clara. Além do Santos Dumont, há tabelas para táxis no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Rodoviária Novo Rio, no Píer Mauá e nos principais hotéis da orla.

No Santos Dumont, a tabela começou a valer em março deste ano, após a publicação de uma resolução da secretaria. Segundo o órgão, a tabela foi criada para turistas e outras pessoas que não conhecem a cidade. Serve para inibir a ação de motoristas de táxi desonestos que, por exemplo, procuravam caminhos mais longos para chegar ao destino do passageiro — como ir do Santos Dumont para Copacabana via Tijuca.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Praia de Copacabana terá clube fechado com vista para o mar (Postado por Lucas Pinheiro)

 A partir do dia 28 de dezembro, tanto os cariocas, quanto os turistas que estiverem pelo Rio, terão, além das habituais praias, uma forma diferente – e luxuosa – de aproveitar o verão na cidade. O Forte de Copacabana, na Zona Sul, abrigará o Aqueloo Beach Club, um clube pago, que oferecerá aos seus frequentadores opções de alta gastronomia e prazeres sofisticados como banheira de hidromassagem com vista para o mar. O trecho da praia utilizado para o empreendimento pertence ao Exército Brasilieiro.

Para desfrutar do clube VIP, é preciso desembolsar, ao menos, R$60 (às quintas e sextas-feiras são revertidos em consumação). Este é o valor mínimo para entrar no clube, que terá gastronomia assinada pelos chefs Monique e Pedro Benoliel. O cardápio terá pratos como camarões grelhados com molho picante de limão e alho, lagostas, encondidinho de bobó de camarão e uma “ilha” de ceviche – prato peruano baseado em peixe cru marinado – servida com diferentes molhos, de acordo com a escolha do cliente.

O novo “point”, com capacidade para receber até 500 pessoas por dia, receberá DJs brasileiros e estrangeiros que tocam diversos estilos de música eletrônica, entre eles lounge music, deep house, low BPM, house, NU disco e tech house.

O Aqueloo Beach Club é um empreendimento de Daniel Barcinski, o mesmo empresário que trouxe à cidade, em 2009, o projeto “Roda Rio 2016”. Na época, uma roda-gigante foi colocada dentro do Forte de Copacabana e, do alto, era possível ver toda a praia.

Embora a Lei nº 7.661/88 assegure “o livre e franco acesso às praias e ao mar” – o que impossibilitaria a cobrança de entrada no espaço – o trecho onde o clube funcionará é propriedade do Exército Brasileiro. Por isso, a área foi arrendada ao empreendimento até março de 2013.

Serviço:
Quando: Quintas, sextas, sábados e domingos, das 10h às 20h.
Quando: Quinta e sexta - Masculino R$ 120 (Consumação)/ Feminino R$60 (Consumação).
Sábado e domingo - Masculino R$200 (Entrada) / Feminino R$70 (Entrada)
Onde: Forte de Copacabana - Praça Coronel Eugênio Franco, 1 - Copacabana

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Blitz anima o domingo na Praia de Ipanema com show de 30 anos (Postado por Lucas Pinheiro)

Para comemorar seus 30 anos de carreira, a Blitz voltou à Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio, bairro onde tudo começou, para um show gratuito na noite deste domingo (16). Iniciada pontualmente às 19h, no Posto 10, com queima de fogos e névoa artificial, a apresentação será gravada e transformada em DVD.

 Com todos os integrantes, comandados por Evandro Mesquita, usando óculos escuros no fim de tarde na cidade, o grupo iniciou o show com "Vai, vai, love", a mesma música que começaram o primeiro show, três décadas atrás, nos primórdios do Circo Voador, no Arpoador.

O show conta com a participação de Ivo Meireles e da bateria da Mangueira, de Andrezinho, representando a Mocidade Independente de Padre Miguel, e outros convidados especiais como Rodrigo Sha no sax e flauta. O Multishow transmite o show ao vivo.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Brasileiros fazem homenagem a vítimas do massacre nos EUA (Postado por Lucas Pinheiro)

Mulher põe flores perto de cruzes fincadas pela ONG Rio de Paz na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em memória às vítimas do massacre na escola Sandy Hook, nos Estados Unidos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Policial de São Paulo e amiga são baleados na Barra da Tijuca, no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um policial rodoviário federal de São Paulo e uma mulher que estava com ele foram baleados na madrugada desta quinta-feira (13), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O crime foi na Avenida Lúcio Costa, que fica à beira da praia, conforme mostrou o Bom Dia Rio.

De acordo com a polícia, Nelson Canto Filho e a amiga, identificada como Renata Coutinho, tinham saído de um quiosque e já estavam dentro do carro do agente quando foram abordados por dois assaltante. Nelson reagiu e os criminosos atiraram e conseguiram fugir.

Ele e a amiga foram baleados nas pernas e levados para o Hospital municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. O policial, com um tiro no fêmur, está em estado grave. Renata não corre risco de morrer.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Audiência do caso Adriano será realizada nesta terça-feira no Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 O jogador de futebol Adriano voltará, na tarde desta terça-feira (11), ao 9º Juizado Especial Criminal da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O atleta participará da audiência de instrução e julgamento do processo a que responde pelo tiro disparado dentro de seu carro, que feriu a mão de Adriene Cyrilo Pinto, em dezembro de 2011. A previsão é de que a sessão comece às 15h.

Após ter recusado acordo com a vítima em audiência anterior, Adriano foi denunciado pelo Ministério Público estadual (MP-RJ) por lesão corporal leve. O ex-policial Júlio Cesar de Oliveira, segurança do atleta, que estava no veículo e seria o dono da arma, também foi denunciado. Se condenados, os dois podem pegar de dois meses a um ano de prisão.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), a audiência, no dia 6 de novembro, ocorreu sem a presença de Adriene, que alegou problemas de saúde. Além disso, segundo o TJ-RJ, "foi oferecida a Júlio Cesar e Adriano a proposta de acordo com a vítima e a opção de transação penal, que consistia no pagamento de 30 e 150 salários mínimos, respectivamente, porém os dois recusaram".

 Mudança no depoimento
Ouvida no dia 19 de setembro, Adriene  contou que Adriano estava no banco traseiro e manuseou a arma que era de propriedade do ex-policial.

A vítima chegou a afirmar em depoimento à polícia que ela mesma teria feito o disparo dentro do carro do jogador. Depois, voltou atrás, justificando que, na ocasião, se sentiu pressionada a assumir a responsabilidade e que o jogador teria prometido pagar as despesas médico-hospitalares.

Segundo o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva, o hospital Barra D'Or, que atendeu Adriene, está cobrando na Justiça as despesas. A assessoria de imprensa do jogador teria afirmado à direção da unidade que ele não se responsabilizaria pelo pagamento.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Rede D'Or afirmou que não comentaria a ação contra Adriene nem divulgaria o valor atualizado da dívida.

 Entenda o caso
O incidente aconteceu, na madrugada de 24 de dezembro de 2011, na Avenida das Américas, após Adriano e Júlio Cesar deixarem uma boate na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, com quatro mulheres convidadas a irem à casa do jogador.

Um tiro disparado dentro do carro do jogador, uma BMW, feriu um dedo da mão de Adriene. Ela foi socorrida e teve de passar por cirurgia.  De acordo com a denúncia do MP-RJ, Júlio Cesar carregava a arma registrada no nome dele, uma pistola Taurus calibre 40, o que seria de conhecimento de Adriano.

Ainda segundo a denúncia, os acusados deixaram de observar o dever mínimo de cautela e criaram o risco da ocorrência de lesão corporal no momento em que Júlio Cesar se omitiu do dever de cuidar da arma. “Inerte diante das ‘brincadeiras’ feitas pelo denunciado Adriano com a arma de fogo, o primeiro denunciado Julio permaneceu negligenciando o risco de lesão que tal comportamento poderia causar”, descreve o texto da denúncia.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Velório de Niemeyer no Rio é aberto ao público no Palácio da Cidade (Postado por Lucas Pinheiro)

 Após a madrugada com cerimônia reservada para parentes e amigos, foi aberto ao público, às 8h30 desta sexta-feira (7), o velório de Oscar Niemeyer, no Palácio da Cidade, em Botafogo, na Zona Sul. O arquiteto morreu às 21h55 de quarta-feira (5), aos 104 anos, em decorrência de uma infecção respiratória, no Hospital Samaritano, no mesmo bairro.

Pouco antes de os portões serem abertos, o governador Sérgio Cabral, o vice Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes entraram para uma breve cerimônia ao lado de familiares. Em seguida, dezenas de pessoas começaram a entrar. O caixão, coberto com uma bandeira do Brasil, está fechado e o rosto do arquiteto pode ser visto através de um vidro.

Entre as diversas coroa de flores recebidas pela família, estava uma em nome do cubano Fidel Castro.

O corpo do arquiteto voltou à cidade na noite desta quinta-feira (6), após um primeiro velório em Brasília. De acordo com o Terceiro Comando da Força Aérea Regional, o corpo chegou ao Aeroporto Santos Dumont às 22h08 e, em seguida, foi levado para o Palácio da Cidade, onde chegou às 22h35.

 A estudante de arquitetura Gisela Aguiar foi a primeira a chegar na fila para o velório do Oscar Niemeyer. Nascida em Brasília e moradora do Rio, ela contou que sempre admirou as obras do arquiteto.

"Ele fez aquelas edificações belíssimas em Brasília. E esta é uma forma de prestar uma homenagem a ele. Todos os professores admiram a obra dele e falam que a Catedral da capital federal e o Palácio do Planalto são lindos", contou a moradora do Flamengo.

O enterro está programado para o fim da tarde desta sexta, no Cemitério São João Batista, também em Botafogo.

A viúva Vera, o sobrinho Paulo, e o neto Carlos Oscar Niemeyer foram os primeiros a chegar ao Palácio da Cidade.

 Lembranças do neto
O neto contou que trabalhou com o avô durante 13 anos e lembrou dos ensinamentos que recebeu.

"Eu trabalhei com o Oscar durante 13 anos e aprendi com ele três coisas importantes. Ele dizia a vida é um segundo, isso quer dizer que a gente tem que viver uma vida bem vivida; falava também que o mundo é injusto, temos que modificá-lo; e que a palavra mais bonita é solidariedade", ressaltou o neto, acrescentando que "o Oscar teve uma vida de trabalho, de amizades, fazendo só coisas boas, então acho é normal que ele seja uma pessoa querida. Lá em Brasília estava todo mundo emocionado", concluiu Carlos Oscar.

Velório em Brasília
À tarde, segundo estimativa da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, 3,8 mil pessoas, em fila, passaram pelo Salão Nobre do Palácio do Planalto nas três horas e 45 minutos de velório.

A previsão era que o velório se encerrrasse por volta das 21h, mas a familia decidiu antecipar a volta ao Rio. Cerca de cem pessoas que aguardavam a passagem do caixão do lado de fora do palácio cantaram o Hino Nacional em homenagem a Niemeyer.

 Oscar Niemeyer completaria 105 anos no dia 15. Ele estava internado havia pouco mais de um mês.

No Planalto, Dilma e a viúva de Niemeyer foram as primeiras a se aproximar para observar o corpo. A tampa do caixão não foi retirada. Apenas uma abertura de acrílico permitia que se visualizasse a face do arquiteto.

O vice-presidente da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado, José Sarney, da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, também foram se despedir de Niemeyer. Temer fez o sinal da cruz ao se aproximar do caixão.

Em seguida, se formou uma fila de autoridades no salão nobre do Planalto para prestar a última homenagem ao arquiteto famoso. A presidente Dilma se manteve o tempo todo, em pé, ao lado da cadeira onde estava sentada a viúva de Niemeyer.

Ministros de Estado, parlamentares, governadores e prefeitos que compareceram ao velório cumprimentaram Vera Lúcia e manifestaram palavras de apoio.

Por volta das 16h15, Dilma pediu que seu chefe de gabinete conduzisse a viúva ao terceiro andar do palácio, onde fica o gabinete presidencial. Em seguida, a própria presidente deixou o salão acompanhada da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O velório de Niemeyer é o terceiro realizado no Salão Nobre do Palácio do Planalto. O primeiro foi o do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985. O segundo foi o do ex-vice-presidente José Alencar, no ano passado.

Luto oficial
Nesta quinta, Dilma Rousseff decretou luto oficial de sete dias. O decreto deverá ser publicado no "Diário Oficial da União" nesta sexta (7). Durante o período de luto, a bandeira nacional deve ser hasteada em meio mastro em todas as repartições públicas, estabelecimentos de ensino e sindicatos.

 A lei prevê que, no caso de morte de autoridades civis ou militares, o governo pode decretar luto de, no máximo, três dias. A lei prevê, porém, que "em face de notáveis e relevantes serviços prestados ao país" pela pessoa falecida, o período de luto poderá ser estendido até no máximo sete dias.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, decretou luto oficial de sete dias pela morte do arquiteto.

MST
Um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) prestou uma homenagem a Oscar Niemeyer durante o velório do arquiteto no Palácio do Planalto.

Portando bandeiras, camisetas e bonés do movimento entraram na fila do público que deu o último adeus ao arquiteto. No momento em que entraram no Salão Nobre, os sem-terra se posicionaram diante do caixão para ler um manifesto. Ao longo dos cerca de três minutos de homenagem, os membros do movimento classificaram o idealizador dos principais monumentos de Brasília de “um sábio, solidário e comunista”.

 “Niemeyer foi mais do que um arquiteto, foi um amante da vida e um incansável defensor da igualdade entre todos os seres humanos. Era comunista, não por doutrina. Mas porque acreditava que todos os seres humanos são iguais e que deveríamos ter as mesmas condições de vida. Por isso, foi acima de tudo um companheiro de todos nós”, disseram os integrantes do MST.

Entre os cerca de 50 sem-terra que foram ao Planalto para se despedir de Niemeyer havia homens, mulheres e crianças. O grupo disse ter “imenso orgulho de ter sido amigo” do arquiteto famoso. Antes de deixar o salão, os sem-terra cantaram o hino da internacional socialista e aplaudiram Niemeyer.

Homenagens
De acordo com a assessoria do Planalto, foram enviadas 45 coroas de flores que serão doadas nesta sexta para uma instituição de assistência do Distrito Federal, a exemplo do que ocorreu após o velório do ex-vice-presidente José Alencar. Consultada, a família concordou com a doação.

Cortejo
O corpo de Oscar Niemeyer chegou a Brasília às 14h18 desta quinta-feira (6), trazido do Rio de Janeiro em um avião da Presidência da República, e seguiu em cortejo em carro aberto até o Palácio do Planalto, passando pelo Eixão Sul e pela Esplanada dos Ministérios, onde estão as principais obras do arquiteto na capital do país.

 Palácio do Planalto
O velório de Niemeyer ocorreu Palácio do Planalto, projetado pelo próprio arquiteto, por iniciativa da presidente Dilma Rousseff, que fez a oferta à família.

No prédio, inaugurado em 21 de abril de 1960, fica o gabinete da presidente Dilma Rousseff. A construção começou em 10 de julho de 1958.

A inauguração do palácio ocorreu em 21 de abril de 1960, como parte das festividades da inauguração de Brasília e marca a história brasileira por simbolizar a transferência da capital federal para o centro do País, no governo de Juscelino Kubitschek.

'Só falava em viver'
O médico Fernando Gjorup disse, na noite de quarta-feira, que Oscar Niemeyer conversou com a equipe médica sobre a vontade de realizar novos projetos, mesmo aos 104 anos. Segundo ele, o arquiteto só perdeu a consciência pela manhã, após ser sedado. O médico, que cuidou dele por 15 anos, afirmou que Niemeyer pouco falava sobre a saúde.

"Antes dessa internação, ele chegou a conversar com a equipe sobre novos projetos. Ele não gostava de falar sobre a saúde dele, mas sabia que já tinha passado da metade da vida. Ele nunca falou sobre morte, só falava em viver. A equipe médica tinha esperança, mas havia a fragilidade de um senhor de 104 anos", disse Gjorup.

Segundo a equipe médica, o arquiteto apresentou piora progressiva nos últimos dois dias. O arquiteto era submetido a hemodiálise e seu estado imunológico já era deficiente. Cerca de 10 familiares estavam na Unidade Coronariana do hospital quando Niemeyer morreu.

Repercussão
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Niemeyer e disse que "poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele". "Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva". O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em nota divulgada pelo Instituto Lula, afirmou que Niemeyer "ficará sempre entre nós, presente nas linhas dos edifícios que plantou no Brasil e em todo o mundo".

Dezenas de outros políticos, arquitetos, artistas, apresentadores, jornalistas e personalidades brasileiras se manifestaram sobre a morte de Oscar Niemeyer.

Histórico de internações
O arquiteto foi internado várias vezes ao longo dos últimos anos. Em 2006, ele teve de ficar no hospital por 11 dias após sofrer uma queda e passar por uma cirurgia.

Em 2009, ficou internado por 24 dias no Hospital Samaritano, entre setembro e outubro, após sentir dores abdominais. Ele chegou a passar por uma cirurgia para retirar um tumor no intestino grosso, uma semana depois de ter sido operado para a retirada de um cálculo na vesícula.

Em junho do mesmo ano, o arquiteto foi internado no hospital Cardiotrauma de Ipanema, também na Zona Sul, queixando-se de dores lombares. Ele passou por uma bateria de exames e recebeu alta médica algumas horas depois. Na ocasião, exames de sangue e uma tomografia indicaram que Niemeyer estava apenas com uma lombalgia.

Em 2010, Niemeyer também foi internado em abril, devido a uma infecção urinária.

Em abril de 2011, o arquiteto ficou internado por 12 dias por causa de infecção urinária. Também já foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino.

Em maio deste ano, Niemeyer também esteve internado, quando deu entrada com desidratação e pneumonia. Depois de 16 dias, com passagem pela UTI, recebeu alta.

No dia 13 de outubro, o arquiteto deu entrada no Hospital Samaritano após sentir-se mal, apresentando um quadro de desidratação. Ele ficou internado por duas semanas.

A última internação foi em 2 de novembro, quando voltou ao Samaritano, seis dias depois de ter recebido alta. Desta vez, Niemeyer foi submetido a tratamento de hemodiálise e fisioterapia respiratória.

Trabalho para festejar 104 anos
Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio.

Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.

"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou na ocasião.

Destaque na arquitetura mundial
Niemeyer foi um dos arquitetos mais premiados e influentes do mundo. Seu trabalho, sempre cheio de curvas em concreto que tornavam seu estilo inconfundível, marcou a paisagem urbana do Brasil e de outros países.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Niemeyer será enterrado no Rio, na sexta-feira, diz prefeito Eduardo Paes (Postado por Lucas Pinheiro)

 O prefeito Eduardo Paes anunciou, na noite desta quarta-feira (5), que o velório de Oscar Niemeyer será realizado durante o dia, em Brasília, na quinta-feira (6). A cerimônia vai acontecer no Palácio do Planalto.

À noite, o corpo volta ao Rio de Janeiro, e fica no Palácio da Cidade. De acordo com Paes, o arquiteto será enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na sexta-feira (7).

Niemeyer morreu, às 21h55, de quarta-feira (5), em decorrência de infecção respiratória. Ele estava internado no Hospital Samaritano, no Rio, há pouco mais de um mês.

Horas após a confirmação da morte de Niemeyer, o prefeito foi ao Hospital Samaritano, para cumprimentar os parentes do arquiteto. Paes disse que o último encontro com Niemeyer aconteceu há três meses.

“Perdemos um grande brasileiro. Ele acreditou até o fim nos seus ideais. Jantei com ele há três meses e ele só falava de futuro”, disse Paes, acrescentando que o horário do enterro ainda não foi definido pela família.

Luto oficial
Paes decretou luto oficial de três dias, no Rio de Janeiro, após a morte de Oscar Niemeyer. Em nota enviada, na noite desta quarta-feira (5), Paes lembrou as principais obras do aquiteto na cidade.

"Um dos maiores gênios que o Brasil deu ao mundo, Oscar Niemeyer foi mais do que um arquiteto brilhante e inovador que desafiou a lógica e contorceu as formas para criar verdadeiras obras de arte. Ele construiu marcos e deixou a sua marca na paisagem e na história de nosso país. Carioca, ele tinha com o Rio de Janeiro uma relação especial - Niemeyer deu à Cidade Maravilhosa o templo da folia, onde a maior de todas as festas acontece", diz a nota.

"Como prefeito do Rio, apaixonado por Carnaval e admirador do trabalho de Niemeyer, sinto-me honrado por a cidade ter concluído o projeto original do Sambódromo e, com isso, ter podido realizar o que o próprio mestre chamou de um sonho antigo. O Brasil e o mundo perderam hoje um homem que dedicou toda a sua vida a produzir beleza. Mas o que ele criou ficará entre nós como a lembrança de um grande carioca que fez a diferença", concluiu o prefeito em seu comunicado.

Novos projetos
O médico Fernando Gjorup disse, na noite desta quarta-feira (5), que Oscar Niemeyer conversou com a equipe médica sobre a vontade de realizar novos projetos, mesmo aos 104 anos.

Segundo Gjorup, o arquiteto só perdeu a consciência, pela manhã, após ser sedado. O médico, que cuidou dele por 15 anos, revela que Niemeyer pouco falava sobre a saúde.

“.Antes dessa internaçao ele chegou a conversar com a equipe sobre novos projetos. Ele não gostava de falar sobre a saúde dele, mas ele sabia que já tinha passado da metade da vida. Ele nunca falou sobre morte, só falava em viver. A equipe médica tinha esperança, mas havia a fragilidade de um senhor de 104 anos”, disse Gjorup, que cuidou do arquiteto nos últimos 15 anos.

Segundo a equipe médica, o arquiteto apresentou piora progressiva nos últimos dois dias. Cerca de 10 parentes estavam na Unidade Coronariana do hospital, quando Niemeyer morreu.

O arquiteto era submetido à hemodiálise e seu estado imunológico já era deficiente.

Histórico de internações
O arquiteto foi internado várias vezes ao longo dos últimos anos. A última foi em 2 de novembro, quando voltou ao Samaritano, seis dias depois de ter recebido alta. Desta vez, Niemeyer foi submetido a tratamento de hemodiálise e fisioterapia respiratória.

No dia 13 de outubro, o arquiteto deu entrada no Hospital Samaritano após sentir-se mal, apresentando um quadro de desidratação. Ele ficou internado por duas semanas.

Em maio, Niemeyer também esteve internado no mesmo hospital, quando deu entrada com desidratação e pneumonia. Depois de 16 dias, com passagem pela UTI, recebeu alta.

Em abril de 2011, o arquiteto ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária. Também já foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino.

Em 2010, Niemeyer também foi internado em abril, devido a uma infecção urinária.

Em 2009, o arquiteto ficou internado por 24 dias no Samaritano, entre setembro e outubro, após dores abdominais. Ele chegou a passar por uma cirurgia para retirar um tumor no intestino grosso, uma semana depois de ter sido operado para a retirada de um cálculo na vesícula.

Em junho do mesmo ano, o arquiteto foi internado no hospital Cardiotrauma de Ipanema, também na Zona Sul, queixando-se de dores lombares. Ele passou por uma bateria de exames e recebeu alta médica algumas horas depois. Na ocasião, exames de sangue e uma tomografia indicaram que Niemeyer estava apenas com uma lombalgia.

Em 2006, o arquiteto chegou a ficar 11 dias internado, após sofrer uma queda e passar por uma cirurgia.

Filha do arquiteto morreu em junho
A designer Anna Maria Niemeyer, única filha de Oscar Niemeyer, morreu aos 82 anos, em consequência de um enfisema pulmonar, em 6 de junho.

Segundo o administrador Carlos Oscar Niemeyer, filho de Anna, o avô esteve pela última vez com sua mãe, três dias antes, durante uma visita ao Hospital Samaritano, onde Anna Maria ficou mais de 40 dias internada.

Ainda de acordo com Carlos Oscar, durante o tratamento, Anna chegou a receber alta, mas voltou a ser internada no dia 1º de junho. Ela teve cinco filhos,13 netos e quatro bisnetos.

Carlos Oscar contou que sua mãe e o avô eram muito próximos e costumavam se falar todos os dias. Ele disse que Niemeyer ficou muito abalado ao receber a notícia da morte da única filha.

"O pai receber a notícia da morte de um filho é uma coisa extremamente difícil, imagina para um pai de 104 anos, a situação é ainda mais complicada", comentou Carlos, durante o sepultamento de Anna Maria Niemeyer.

Oscar Niemeyer manifestou vontade de ir ao enterro da filha no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Mas, de acordo com os parentes, ele não compareceu após os médicos avaliarem que as condições de saúde do arquiteto não eram favoráveis.

Visita à Passarela do Samba
Em fevereiro, Niemeyer fez uma visita ao Sambódromo, durante a fase final das obras de reforma da Passarela do Samba que mantiveram o traçado original que o arquiteto projetou há 30 anos. Ele enfrentou o sol forte de meio-dia e percorreu num carrinho aberto toda a extensão da Avenida.

"Está muito bom. Melhorou muito. Este não é um trabalho só meu, é o trabalho de um grupo. Estou entusiasmado", disse Niemeyer, na ocasião.

O projeto de Niemeyer previa um equilíbrio entre os dois lados da Sapucaí, como se fosse um espelho. Com a obra, a Sapucaí passou a ter 12.500 lugares a mais, podendo acomodar 72.500 pessoas.

Trabalho em ateliê para festejar 104 anos
Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio.

Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.

"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou Niemeyer, na ocasião.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ato contra o alto índice de homicídio no país é realizado em Copacabana (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um protesto contra o alto índice de homicídio no Brasil é realizado na areia da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em frente à Avenida Princesa Isabel, desde as 6h. Um imenso lençol vermelho de 50 metros de comprimento por 7 metros de largura foi estendido na areia, onde meio milhão de grãos de feijão-, 350 000 pretos e 150 000 brancos, simbolizam o número aproximado de pessoas assassinadas no Brasil nos últimos 10 anos.

Segundo o Rio de Paz, que organiza o protesto, a violência afeta em mais do que o dobro a população negra. O ato público será encerrado às 12h. O objetivo desta manifestação é solicitar ao poder público brasileiro, através de audiência com o Ministro da Justiça, a implementação de cinco medidas essenciais para a diminuição das mortes violentas no Brasil.

As principais reivindicações do grupo são: Reforma e valorização da polícia; reforma do sistema prisional; estabelecimento de metas de redução de homicídio para todos os Estados; transparência e celeridade na apresentação das estatísticas estaduais de mortes violentas e políticas públicas para as comunidades pobres.

Elevador despenca e deixa feridos em Botafogo, na Zona Sul do Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um elevador despencou do nono andar de um prédio comercial na Rua da Passagem, número 123, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, por volta de 9h15 desta quarta-feira (5). Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, sete pessoas ficaram feridas, uma delas em estado um pouco mais grave.

Segundo Jaqueline Mendonça, que trabalha em uma agência publicitária no prédio há dois anos e fotografou o elevador destruído, o ferido com mais gravidade estava com a perna muito machucada. “Não acredito que dois elevadores possam cair em um dia só, mas por prevenção, os funcionários estão preferindo subir de escada”, disse.

 Bombeiros do Quartel do Humaitá foram chamados ao local e socorreram as vítimas, que foram encaminhadas para os hospitais Miguel Couto e Souza Aguiar. Até as 12h, não havia informações sobre o que causou a queda do equipamento. O caso será investigado pela 10ª DP, em Botafogo.

Segundo o porteiro Aldair Quilima da Silva, de 51 anos, que trabalha há 15 anos no local, o prédio tem quatro elevadores e o que despencou havia passado por reforma de modernização durante um ano, tendo sido liberado há 15 dias. "Na hora em que o elevador despencou, foi um desespero total. Teve gente chorando, gritando, e nós que trabalhamos aqui não podíamos fazer nada. Esperamos os bombeiros chegarem”, contou.

 'Já fiquei preso', diz publicitário
O publicitário Mateus Tapioca, de 36 anos, disse que os elevadores apresentavam problema havia cerca de seis meses. “Várias pessoas já ficaram presas nesses elevadores. Era uma coisa rápida, mas era um problema. Eu não tenho pânico, mas eu mesmo já fiquei preso em um. Agora temos que aguardar a perícia e a polícia. Só que agora vou ficar com receio de andar nestes elevadores", explicou Mateus, que trabalha em uma agência de publicidade no prédio há um ano.

A gerência da filial do Centro da Otis, empresa fabricante e responsável pelas reformas do elevador, que tem capacidade para 10 pessoas, enviou uma equipe de engenharia ao local para analisar o equipamento e informou que só vai se pronunciar após os resultados.

Trânsito
Segundo o Centro de Operações Rio, uma faixa da via foi interditada, por volta das 10h, na altura da Rua Arnaldo Quintela, para o trabalho das equipes de socorro. Havia retenções no local, nesse horário.

Operação Purificação: escutas revelam que PM prestou depoimento em favor de traficante em Caxias

Traficante diz que advogado combinou o teor do depoimento do policial
Marcelo Bastos, do R7 | 05/12/2012 às 10h06
Osaldo Praddo/Agência O Dia
pms
Veja a galeria completaTodos os policiais presos eram do Batalhão de Duque de Caxias
 
As investigações que resultaram na Operação Purificação, desencadeada ontem, pelas polícias Federal e Militar, Ministério Público e Subsecretaria de Inteligência, revelam que um PM teria prestado depoimento favorável a um traficante para evitar que ele fosse condenado pela Justiça. Durante a operação, 63 PMs foram presos e quatro continuavam foragidos até a última terça-feira (4).
No dia 27 de maio, policiais do Batalhão de Duque de Caxias (15º BPM) prenderam Jeferson Ferreira Abrantes, o Nando, e apreenderam um menor com drogas e um revólver calibre 38. O caso foi registrado na Delegacia de Imbariê (62ª DP). Três dias depois, Nando faz contato por telefone com um traficante da favela Vai Quem Quer e pede para o comparsa “desenrolar” com o policial, a quem chama de “cachorro”.
Um outro traficante diz a Nando que o policial vai depor de forma favorável a ele. O traficante diz que o menor também iria confessar que toda a droga era dele. Durante a conversa, o criminoso diz a Nando que o “verme”, referência ao policial, iria dizer que não encontrou nada com Nando.
Em outra conversa telefônica, captada no dia 26 de agosto, Nando demonstra preocupação com a audiência judicial sobre o caso e com o “acertado” entre o traficante e o segundo sargento da PM, que conduziu a ocorrência na delegacia.
O traficante diz a Nando que tudo estava sob controle, que já tinha falado com o policial na sexta-feira e o PM não atribuiria responsabilidade a Nando pela posse das drogas e do revólver. O comparsa de Nando diz até que o advogado chegaria mais cedo ao Fórum para combinar com o PM o que ele deveria dizer.
Já no dia 28 de agosto, o traficante que conversava com Nando diz a uma mulher que integrava a quadrilha para levar o advogado até o encontro do policial no Fórum. O traficante passa informações sobre a descrição física do policial, o que, para o Ministério Público, é uma demonstração da intimidade entre policiais e traficantes.
Em abril, Nando, que era considerado foragido da Justiça, foi extorquido pelos PMs, que receberam R$ 1.500 para não prendê-lo.
Sequestros por propinas
Para receber diárias de traficantes em troca da não repressão do comércio ilegal em 13 favelas de Duque de Caxias, um grupo formado por 65 policiais militares do Batalhão de Duque de Caxias (15º BPM) sequestrava traficantes e seus parentes como forma de pressionar os criminosos a fazer os pagamentos em dia.
De acordo com as investigações, um grupo de policiais chegou a pedir R$ 200 mil de resgate pela libertação de um traficante. A negociação foi caindo e chegou ao valor de R$ 3.000. Os policiais rejeitaram a oferta e apresentaram o criminoso a uma delegacia da região.
Além de traficantes e familiares, os policiais também sequestravam veículos. Eles apreendiam os carros dos criminosos e cobravam valores para devolver os veículos. Um traficante considerado foragido da Justiça também sofreu extorsão para não ser preso.
A ganância dos policiais era tão grande que oito deles chegaram a ser transferidos para outros batalhões e, mesmo assim, tentavam extorquir dinheiro de traficantes de Duque de Caxias, como explica o promotor Décio Alonso, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado).
— Eles tentavam tomar dinheiro dos traficantes mesmo não trabalhando mais na região. Quando os traficantes descobriam, paravam de pagar.
Kit apreensão
Durante as investigações, a polícia descobriu que um dos PMs investigados vendeu um fuzil por R$ 45 mil a um traficante. Como precisavam cumprir as metas estabelecidas pela Secretaria de Segurança Pública de prisões e apreensões, era comum os PMs não cumprirem o acordo com os traficantes.
Também era comum os policiais forjarem uma espécie de “kit apreensão”, com armas e drogas fornecidas pelos traficantes como se tivessem sido realmente apreendidas durante as operações.
Em uma das escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, um traficante liga para um PM e diz que vai deixar a escopeta calibre 12 dentro da geladeira de um bar em uma favela. Pouco depois, o PM retorna a ligação e diz que deixou R$ 300 para o traficante, como pagamento pelo favor. Na gravação, o traficante fala: “Vou deixar uma arma aí para você apresentar”.
Em outra gravação, um PM fala para um traficante: “Se ficar bom para vocês, vai ficar bom para a gente também”, em uma insinuação de que o acordo para não reprimir o tráfico seria lucrativo para policiais e traficantes.
Assista ao vídeo:


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Metrô tem dez estações fechadas do Centro à Zona Sul do Rio (Postado por Lucas Pinheiro)

 Uma senhora caiu nos trilhos do metrô na estação da Glória, na Zona Sul do Rio, e causou problemas no embarque em diversas estações, por volta das 14h30, desta segunda-feira (3). Segundo o Metrô Rio, concessionária responsável pelo transporte, a energia na estação ficou interrompida por 20 minutos e a mulher foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, apenas com uma lesão na perna.

De acordo com a concessionária, dez estações, da Cinelândia, no Centro, a Ipanema, na Zona Sul, ficaram fechadas durante o socorro da vítima.

Ainda segundo o Metrô, o embarque foi normalizado por volta das 14h50. O problema também causou atraso na circulação dos trens em estações da linha 2.