Pelo menos 18 suspeitos de ter envolvimento com uma quadrilha que explora o jogo do bicho no Centro do Rio e em São Cristóvão, na Zona Norte, foram presos na manhã desta quarta-feira (21), durante a realização da Operação Catedral. A ação, em curso desde a madrugada, é realizada por homens da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
De acordo com a Secretaria de Segurança, a Operação Catedral tem por objetivo prender os contraventores e nove policiais civis e militares – cinco deles ainda na ativa – envolvidos no esquema de pagamento de propina a policiais, que chegava a R$ 30 mil mensais. O grupo, segundo investigações, tem faturamento mensal de R$ 170 mil.
Ao todo, a Secretaria pretende cumprir 24 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
Dois chefes presos
Os dois chefes da quadrilha foram presos na manhã desta quarta-feira (29), em um condomínio de luxo, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.
Segundo a polícia, Evandro Machado dos Santos, o Bedeu, líder do grupo, era o responsável pelo pagamento de propina a policiais. O principal escritório dele ficava a cerca de 300 metros da sede da Secretaria de Segurança, e atrás do Comando Militar do Leste CML), no Centro.
Ele estava em casa, dormindo, quando os policiais chegaram, às 6h. O filho dele, Alessandro Ferreira dos Santos é apontado pelas investigações como o segundo chefe do grupo. Os policiais recolheram documentos.
No Centro, os policiais da Draco prenderam Jairo Andrade dos Santos, o China. Ele seria sócio de um estabelecimento comercial no Morro da Providência, acusado de intermediar o pagamento de propina a policiais.
Sete meses de investigação
As investigações começaram há sete meses, logo depois da prisão de 14 apontadores do bicho durante uma operação. Segundo a polícia, os pontos de jogo do bicho estão concentrados no Centro, perto da Central do Brasil e do camelódromo da Uruguaiana e em São Cristóvão.
Um dos presos é Weber Santos de Oliveira, chefe de investigações da 4ª DP (Praça da República), que fica na Central do Brasil. Segundo a polícia, ele recebia cerca de R$ 15 mil todo mês da quadrilha para não combater o jogo do bicho na região.
Ainda de acordo com os agentes, o dinheiro era dividido com outros inspetores da mesma delegacia. Entre o material apreendido estão o distintivo, a arma e o celular do policial.
Uma das negociações foi filmada pela polícia. O vídeo gravado no dia 7 de maio mostra um encontro entre Weber e um policial civil aposentado, Alan Cardeque Villela.
Nas imagens é possível ver Alan tirando um pacote do bolso. Em seguida, ele entrega o material a Weber. A polícia afirma se tratar de propina.
Dois policiais da UPP do Morro da Providência - o sargento Marco Aaurélio das Chagas e o sargento Marcos André dos Santos - são acusados de receber dinheiro para fazer vista grossa com os bicheiros.
Ainda segundo as investigações, o capitão Anderson Luiz de Souza, do 5º BPM (Praça da Harmonia), recebia cerca de R$ 9 mil por mês de propina. Renato Ferreira Angelici, do mesmo batalhão, seria o segurança do bando e informava a quadrilha sobre operações.
A polícia também investiga se agentes da 17ª DP (São Cristóvão) estão envolvidos no jogo do bicho.
30 mandados de busca e apreensão
Também serão cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, nos locais de aposta e na casa dos envolvidos. Os presos foram indiciados e denunciados por exploração do jogo do bicho, formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional.
De acordo com as investigações, a quadrilha tem uma complexa rede de atuação, com divisões financeira, administrativa e assessoria jurídica.
Ao longo da apuração, foram detidos outros 25 membros da organização criminosa, que funcionavam como anotadores e apontadores de apostas (conhecidos como “aranhas”) nos pontos de exploração do jogo ilegal.
De acordo com a Secretaria de Segurança, a Operação Catedral tem por objetivo prender os contraventores e nove policiais civis e militares – cinco deles ainda na ativa – envolvidos no esquema de pagamento de propina a policiais, que chegava a R$ 30 mil mensais. O grupo, segundo investigações, tem faturamento mensal de R$ 170 mil.
Ao todo, a Secretaria pretende cumprir 24 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
Dois chefes presos
Os dois chefes da quadrilha foram presos na manhã desta quarta-feira (29), em um condomínio de luxo, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.
Segundo a polícia, Evandro Machado dos Santos, o Bedeu, líder do grupo, era o responsável pelo pagamento de propina a policiais. O principal escritório dele ficava a cerca de 300 metros da sede da Secretaria de Segurança, e atrás do Comando Militar do Leste CML), no Centro.
Ele estava em casa, dormindo, quando os policiais chegaram, às 6h. O filho dele, Alessandro Ferreira dos Santos é apontado pelas investigações como o segundo chefe do grupo. Os policiais recolheram documentos.
No Centro, os policiais da Draco prenderam Jairo Andrade dos Santos, o China. Ele seria sócio de um estabelecimento comercial no Morro da Providência, acusado de intermediar o pagamento de propina a policiais.
Sete meses de investigação
As investigações começaram há sete meses, logo depois da prisão de 14 apontadores do bicho durante uma operação. Segundo a polícia, os pontos de jogo do bicho estão concentrados no Centro, perto da Central do Brasil e do camelódromo da Uruguaiana e em São Cristóvão.
Um dos presos é Weber Santos de Oliveira, chefe de investigações da 4ª DP (Praça da República), que fica na Central do Brasil. Segundo a polícia, ele recebia cerca de R$ 15 mil todo mês da quadrilha para não combater o jogo do bicho na região.
Ainda de acordo com os agentes, o dinheiro era dividido com outros inspetores da mesma delegacia. Entre o material apreendido estão o distintivo, a arma e o celular do policial.
Uma das negociações foi filmada pela polícia. O vídeo gravado no dia 7 de maio mostra um encontro entre Weber e um policial civil aposentado, Alan Cardeque Villela.
Nas imagens é possível ver Alan tirando um pacote do bolso. Em seguida, ele entrega o material a Weber. A polícia afirma se tratar de propina.
Dois policiais da UPP do Morro da Providência - o sargento Marco Aaurélio das Chagas e o sargento Marcos André dos Santos - são acusados de receber dinheiro para fazer vista grossa com os bicheiros.
Ainda segundo as investigações, o capitão Anderson Luiz de Souza, do 5º BPM (Praça da Harmonia), recebia cerca de R$ 9 mil por mês de propina. Renato Ferreira Angelici, do mesmo batalhão, seria o segurança do bando e informava a quadrilha sobre operações.
A polícia também investiga se agentes da 17ª DP (São Cristóvão) estão envolvidos no jogo do bicho.
30 mandados de busca e apreensão
Também serão cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, nos locais de aposta e na casa dos envolvidos. Os presos foram indiciados e denunciados por exploração do jogo do bicho, formação de quadrilha armada, corrupção ativa e passiva e violação de sigilo funcional.
De acordo com as investigações, a quadrilha tem uma complexa rede de atuação, com divisões financeira, administrativa e assessoria jurídica.
Ao longo da apuração, foram detidos outros 25 membros da organização criminosa, que funcionavam como anotadores e apontadores de apostas (conhecidos como “aranhas”) nos pontos de exploração do jogo ilegal.
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