O vídeo mostra também duas entrevistas concedidas por Ivone, em 2008 e 2009, em que ela conta como se sentia enquanto presidiária. “A sociedade distorce bastante a imagem da gente que está preso”, diz ela.
Ivone afirma que sente muita falta de ver crescer a filha, com 12 anos na época. “Ela foi tudo que eu mais queria. Eu planejei muito ela. De que adiantou?”.
Ivone conta que começou a cometer crimes para sustentar o vício em crack. “Eu estava mais presa lá fora”, assume. “Na hora que vencer (a sentença), ele vai ter que abrir o portão pra eu sair. Acabou a cadeia, tua sentença está paga. E estar preso numa droga?”, declara.
No vídeo, há a informação de que ela já trabalhou como secretária do AfroReggae, em 2009. Ivone conta que sonha ter uma casa e a filha por perto: “As possibilidades são infinitas. Eu acho que quero tudo a que tenho direito”.
Pelo Twitter, o coordenador do AfroReggae, José Júnior, lamentou a morte da mulher e contou que ela tentou cometer suicídio em 2010. Depois, Ivone fugiu do sistema prisional, onde cumpria regime semiaberto e desapareceu, segundo ele.
Assalto ao restaurante
Na segunda (13), Ivone e outros cinco assaltantes invadiram o restaurante Brasa Gourmet, na esquina das ruas Mariz e Barros e Professor Gabizo, na Tijuca, e anunciaram o roubo. A polícia foi chamada e um tiroteio se iniciou. Ivone e outros dois parceiros morreram.
Outros três bandidos fugiram do local, mas dois suspeitos foram presos na terça-feira (14), segundo o delegado responsável pelo caso, Orlando Zaccone.
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