Rio terá uma das piores epidemias da história
Estado de alerta contra dengue no Rio implicará a entrada compulsória de agentes de saúde em imóveis fechados ou abandonados. O número de agentes de combate será dobrado
01.09.2011| 01:30
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse ontem que a cidade terá, no próximo verão, uma das maiores epidemias de dengue de sua história. Por conta disso, deve ser publicado hoje, no Diário Oficial do Município, decreto instituindo estado de alerta e estabelecendo medidas de prevenção.
Uma das medidas será a entrada compulsória de agentes de saúde em imóveis fechados ou abandonados. A Prefeitura também aplicará multa, em valor ainda a definir, aos moradores que deixarem de aderir à campanha de prevenção à doença.
Segundo Paes, levantamento da Secretaria da Saúde municipal mostrou em 2011 dados semelhantes aos de 2001 e 2007, que antecederam as grandes epidemias de 2002 e 2008. Já são quase 68 mil casos no ano.
“Lamento informar, mas teremos uma das maiores epidemias de dengue da história. Nós tivemos duas epidemias grandes na história do Rio, em 2002 e 2008. Nas duas ocasiões, o número de casos apresentou uma curva de crescimento no ano anterior, e esse quadro se repete em 2011”, explicou Paes. “Tudo aponta para um novo ciclo da doença, mais amplo, mais elevado. Certamente, a maior epidemia da história do Rio”, advertiu.
Subtipos 1 e 4
Paes acrescentou ainda que levantamento preparado por especialistas aponta maior incidência de casos dos subtipos um e quatro de dengue. O primeiro não circulava há anos e o segundo apareceu pela primeira vez neste ano no Rio de Janeiro. Isso aumenta os riscos de epidemia, já que é menor o número de pessoas imunes.
A Prefeitura também informou que vai dobrar o número de agentes de combate para 3.605 e instalar 30 polos de hidratação para pacientes em toda a cidade. Também está prevista a aquisição de novos veículos e equipamentos.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Hans Dohmann, com a compra dos novos aparelhos, o Rio vai ficar com 40 carros de fumacê, e 60 equipamentos portáteis, permitindo um maior combate ao mosquito na fase adulta. (das agências de notícias)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIAA projeção se deve à semelhança entre os números de 2011 com os de 2001 e 2007 - tais períodos antecederam as grandes epidemias de 2002 e 2008. O novo ciclo deverá ocasionar ainda maior número de casos.
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