O comando do 15º BPM (Duque de Caxias) afastou das ruas um tenente e quatro praças até que seja encerrado o Inquérito Policial-Militar que apura as circunstâncias da morte do estudante Igor Cordeiro Manhães, de 13 anos. A informação foi divulgada pela Polícia Militar na tarde desta quarta-feira (28).
Ele morreu na madrugada de segunda-feira (26) e, segundo testemunhas, o crime foi cometido por PMs. Igor foi atingido por quatro tiros de fuzil.
A Polícia Militar informou que os policiais afastados ficarão limitados ao serviço interno. Ainda de acordo com a PM, todas as armas dos policiais já foram entregues à perícia para análise e exames balísticos.
Encontro com chefia de Polícia Civil
Nesta quarta-feira, a família de Igor se encontrou com a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha. Eles foram pedir rigor e transparência na investigação do crime. Os parentes levaram fotos do local do crime, com marcas de tiros e manchas de sangue, além das cápsulas recolhidas.
Para o delegado Cláudio Vieira, da 59ª DP (Duque de Caxias), responsável pela investigação do crime, Igor foi vítima de uma execução.
Os parentes do estudante foram ao encontro com a chefe de Polícia Civil acompanhados da presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Margarida Pressburger, e do presidente da OAB-RJ, Wadih Damous.
A família de Igor divulgou fotos que mostram o menino participando de uma festa de 40 anos de uma tia, momentos antes de morrer. Segundo os parentes, não é verdadeira a afirmação da Polícia Militar de que Igor estaria participando de um baile funk, quando foi atingido pelos tiros.
Família presta depoimento
Antes da reunião com a delegada Martha Rocha, a família prestou depoimento na 59ª DP (Duque de Caxias). A mãe relatou à polícia que deixou a festa acompanhada do filho, por volta de 1h de segunda-feira (26). Em casa, ela disse que tinha esquecido a sandália de trabalho e pediu para que o menino voltasse.
Poucos minutos depois que Igor saiu foram ouvidos muitos tiros. Vizinhos recolheram 18 cápsulas de apenas um tipo de arma - o fuzil 7.62. A mãe do adolescente disse que recebeu a notícia de que ele tinha sido baleado e foi atrás do filho. Perto do local do crime, ela conta que ainda encontrou dois grupos de policiais militares.
“Meu filho levou um tiro no braço, pelas costas, na perna, pelas costas, dois tiros nas costas e mesmo assim ele ainda teve força de andar no máximo acho que 20 metros para pedir ajuda e meus amigos socorreram ele. Disseram que ele estava vivo”, lembrou a mãe.
Igor Manhães cursava o 7º ano do Colégio Estadual Irineu Marinho, em Duque de Caxias.
Depoimentos de PMs
Na terça-feira (27), a Polícia Civil ouviu três policiais militares. Segundo a PM, havia uma operação no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias. Policiais dos batalhões de Duque de Caxias e de São João de Meritiestavam no local.
Os investigadores querem ouvir os depoimentos de 23 PMs que estavam na operação na madrugada de segunda-feira (26).
Perícia
O caso foi registrado como homicídio duas horas após a morte do menino, mas a perícia só foi realizada 12 horas depois. De acordo com os investigadores, o local não foi preservado pela PM.
Segundo a Polícia Civil, a perícia demorou porque a equipe só poderia entrar na comunidade com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que estava numa operação na Vila Vintém, em Padre Miguel. Já a Polícia Militar não quis se pronunciar sobre a informação de que o local do crime não foi preservado.
Ele morreu na madrugada de segunda-feira (26) e, segundo testemunhas, o crime foi cometido por PMs. Igor foi atingido por quatro tiros de fuzil.
A Polícia Militar informou que os policiais afastados ficarão limitados ao serviço interno. Ainda de acordo com a PM, todas as armas dos policiais já foram entregues à perícia para análise e exames balísticos.
Encontro com chefia de Polícia Civil
Nesta quarta-feira, a família de Igor se encontrou com a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha. Eles foram pedir rigor e transparência na investigação do crime. Os parentes levaram fotos do local do crime, com marcas de tiros e manchas de sangue, além das cápsulas recolhidas.
Para o delegado Cláudio Vieira, da 59ª DP (Duque de Caxias), responsável pela investigação do crime, Igor foi vítima de uma execução.
Os parentes do estudante foram ao encontro com a chefe de Polícia Civil acompanhados da presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Margarida Pressburger, e do presidente da OAB-RJ, Wadih Damous.
A família de Igor divulgou fotos que mostram o menino participando de uma festa de 40 anos de uma tia, momentos antes de morrer. Segundo os parentes, não é verdadeira a afirmação da Polícia Militar de que Igor estaria participando de um baile funk, quando foi atingido pelos tiros.
Família presta depoimento
Antes da reunião com a delegada Martha Rocha, a família prestou depoimento na 59ª DP (Duque de Caxias). A mãe relatou à polícia que deixou a festa acompanhada do filho, por volta de 1h de segunda-feira (26). Em casa, ela disse que tinha esquecido a sandália de trabalho e pediu para que o menino voltasse.
Poucos minutos depois que Igor saiu foram ouvidos muitos tiros. Vizinhos recolheram 18 cápsulas de apenas um tipo de arma - o fuzil 7.62. A mãe do adolescente disse que recebeu a notícia de que ele tinha sido baleado e foi atrás do filho. Perto do local do crime, ela conta que ainda encontrou dois grupos de policiais militares.
“Meu filho levou um tiro no braço, pelas costas, na perna, pelas costas, dois tiros nas costas e mesmo assim ele ainda teve força de andar no máximo acho que 20 metros para pedir ajuda e meus amigos socorreram ele. Disseram que ele estava vivo”, lembrou a mãe.
Igor Manhães cursava o 7º ano do Colégio Estadual Irineu Marinho, em Duque de Caxias.
Depoimentos de PMs
Na terça-feira (27), a Polícia Civil ouviu três policiais militares. Segundo a PM, havia uma operação no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias. Policiais dos batalhões de Duque de Caxias e de São João de Meritiestavam no local.
Os investigadores querem ouvir os depoimentos de 23 PMs que estavam na operação na madrugada de segunda-feira (26).
Perícia
O caso foi registrado como homicídio duas horas após a morte do menino, mas a perícia só foi realizada 12 horas depois. De acordo com os investigadores, o local não foi preservado pela PM.
Segundo a Polícia Civil, a perícia demorou porque a equipe só poderia entrar na comunidade com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que estava numa operação na Vila Vintém, em Padre Miguel. Já a Polícia Militar não quis se pronunciar sobre a informação de que o local do crime não foi preservado.
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